SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Autor do gol contra a Espanha que deixou a Alemanha em situação menos desesperadora para a rodada final da fase de grupos da Copa do Qatar, o atacante Niclas Füllkrug, 29, não planejava disputar seu primeiro Mundial.
Apelidado de Lacuna, devido a um buraco que tem entre os dentes superiores, ele preencheu de última hora a lacuna criada no elenco alemão devido à lesão no tornozelo do atacante Timo Werner.
No início deste mês, ao anunciar a lista dos 26 jogadores para a Copa do Qatar, o treinador Hansi Flick incluiu o nome de Füllkrug.
Ninguém esperava, nem o próprio, que em dez anos de profissionalismo jamais tinha sido chamado para a seleção principal de seu país.
Com essa escolha, Flick colocou no grupo um grandalhão de 1,89 m que não tem muita habilidade e que não possui um único título no currículo.
Atacante de área, de carreira majoritariamente medíocre e sempre dentro das fronteiras da Alemanha, ele teve a seu favor o fato de passar por ótimo momento na carreira.
Defendendo o mediano Werder Bremen, nono colocado no Campeonato Alemão e que regressou à elite nacional nesta temporada, é o vice-artilheiro da competição, com 10 gols em 14 jogos.
Chamado para preencher o buraco na seleção de seu país, Füllkrug fez jus à oportunidade.
No único amistoso da Alemanha antes da estreia na Copa qatariana, no dia 16 deste mês contra Omã, entrou no intervalo e marcou o único gol da partida.
Não foi o suficiente para obter a titularidade, mas ganhou crédito, tanto que Flick o colocou em campo no segundo tempo diante do Japão (saiu Havertz), quando não conseguiu evitar a derrota, e contra a Espanha (saiu Thomas Müller), quando sua estrela brilhou.
Assim, em três jogos pela Alemanha, com tempo total em campo inferior a 90 minutos, Füllkrug anotou dois gols.
Pode não ter sido suficiente para convencer o treinador de que ele deve ser titular, mas a eficiência é um trunfo, o que eleva a chance de ele voltar a campo no jogo decisivo da Alemanha pelo Grupo E, na quinta (1º), contra a Costa Rica.
Os alemães estão em último na chave (1 ponto), atrás de espanhóis, tunisianos (ambos 4 pontos) e costa-riquenhos (3 pontos).
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