DOHA ,QATAR (FOLHAPRESS) - A Copa do Mundo de 2022 marcou o fim da seleção que desde o início da década passada ficou conhecida como "a promissora geração belga".
Com futebol ruim e apenas um gol marcado, a Bélgica, semifinalista em 2018, se despediu do torneio do Qatar nesta quinta-feira (1º) com o empate em 0 a 0 com a Croácia, pelo Grupo F.
Os croatas, finalistas há quatro anos, avançaram com a segunda posição. O Marrocos, ao derrotar o Canadá por 2 a 1, ficou em primeiro.
A Bélgica anotou apenas uma vez, contra o Canadá, na estreia. Partida em que venceu, mas foi dominada. Depois disso, perdeu para Marrocos por 2 a 0 e poderia ter sofrido mais gols.
Dos 11 titulares que entraram em campo nesta quinta, oito têm mais de 30 anos. Jogadores fundamentais par a equipe desde o início da geração, como Lukaku e Carrasco, estão com 29. Eden Hazard, que entrou nos minutos finais, tem 31.
É difícil imaginar como essa renovação vai acontecer sob o comando do técnico Roberto Martínez. Foi a pior campanha mundialista desde o surgimento desta equipe, que chegou também nas quartas de final no Brasil, em 2014.
A classificação significa a continuidade de Luka Modric, 37. Melhor do mundo e da Copa de 2018, ele anunciou que será seu último Mundial.
Com a vitória de Marrocos sobre o Canadá, ficava claro desde o princípio que a Bélgica precisava vencer para se manter no Mundial. Mas parecia que a Croácia precisava do gol.
Foi a finalista de 2018 quem jogou no ataque na etapa inicial. Perisic quase abriu o placar no primeiro minuto. Para surpresa de zero pessoas, Luka Modric controlava o jogo no meio-campo e coordenava as ações ofensivas da sua equipe. A surpresa é que Kevin De Bruyne não fez o mesmo pela Bélgica.
No desespero para fazer o seu time mostrar um futebol que parecia ter parecido em Bruxelas, Martínez mudou as peças. A maior alteração foi a saída do atacante Michy Batshuayi (e sua inesgotável capacidade de perder gols) para a entrada de Leandro Trossard, do Brighton (ING).
Parecia que a Croácia exerceria sua superioridade aos 15, quando o árbitro Anthony Taylor marcou pênalti em lance que Carrasco derrubou Kramaric na área. Modric imediatamente colocou a bola debaixo do braço. A torcida croata no estádio começou a gritar "Luka! Luka!" quando o meia colocou a bola para cobrar.
Chamado pelo VAR, o juiz olhou de novo a jogada e voltou atrás.
A Bélgica jogava sem nenhuma urgência e, a não ser por arremate de Trossard após passe de De Bruyne, nada fez antes do intervalo. A necessidade de anotaro gol salvador fez com que o técnico Roberto Martínez, ameaçado de demissão, colocasse em campo Romelu Lukaku, no banco por causa de lesão.
Deveria ter sido a salvação. Ele acabou por enterrar a Bélgica ao perder três chances incríveis para marcar. A última aos 45 minutos, já sem goleiro, em que não conseguiu empurrar a bola para o gol com nenhuma parte do corpo.
A expressão corporal dele, com o corpo curvado, mãos nos joelhos e olhar para o gramado, disse tudo sobre a situação vivida pela Bélgica, a eliminação precoce na Copa do Mundo e o futuro da seleção.
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BÉLGICA
Courtois; Alderweireld, Dendoncker (Tielemans) e Vertonghen; Meunier (Eden Hazard), Witsel, De Bruyne e Castagne; Trossard (Thorgan Hazard), Carrasco (Doku) e Mertens (Lukaku). T.: Roberto Martínez
CROÁCIA
Livakovic; Juranovic, Lovren, Gvardiol e Sosa; Brozovic, Kovacic e Modric; Kramaric (Pasalic), Perisic e Livaja (Petkovic). T.: Zlatko Dalic
Estádio: Ahmed Bil Ali, em Al Rayyan (Qatar)
Horário: Às 12h (de Brasília) desta quinta-feira (1º)
Árbitro: Anthony Taylor (Inglaterra)
VAR: Marco Fritz (Alemanha)
Cartões amarelos: Dendoncker (Bélgica)
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