DOHA, QATAR, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - No dia seguinte à derrota da França para a Tunísia por 1 a 0, na última rodada do Grupo D da Copa do Mundo do Qatar, a Federação Francesa de Futebol enviou uma reclamação formal à Fifa para contestar o gol anulado do atacante Griezmann.
Aos 52 minutos do segundo tempo, o atacante marcou o que seria o gol de empate francês, mas, quatro minutos depois, o árbitro anulou após consultar o VAR (árbitro de vídeo). A reclamação dos franceses é que ele teria feito a consulta após autorizar o reinício de jogo pela Tunísia.
"Este recurso ao VAR interveio depois que o árbitro sr. Matthew Conger apitou o reinício para os tunisianos jogarem os últimos segundos do duelo e depois o final da partida. De acordo com a Lei 1.10 do Protocolo de Assistência à Arbitragem de Vídeo publicada pelo IFAB: 'Se o jogo for reiniciado após a interrupção, o árbitro não poderá realizar uma análise, exceto em caso de identidade equivocada ou em caso de infração excluível, como comportamento violento, cuspir, morder e/ou palavras ou atos ofensivos, rudes ou ofensivos'", diz a nota publicada no site oficial da Federação Francesa.
Depois do jogo, o atacante Coman afirmou que os "jogadores [estavam] já focados no próximo jogo, frente à Polônia. Se a federação fez é porque é necessário. Gostaríamos apenas de entender se a situação se repetir".
Pelo mesmo motivo, a TV francesa TF1 anunciou que também fará uma queixa à Fifa. A emissora não transmitiu a parte final da partida, após o gol de Griezmann, porque a direção teria entendido que o árbitro havia encerrado o confronto naquele momento. Assim, a transmissão foi cortada.
"O árbitro da Fifa recorreu ao VAR quando não tinha direito, conforme o regulamento. É algo que nos penaliza muito", disse François Pellissier, vice-diretor-geral de negócios e esportes da TF1, ao L'Équipe.
"É prejudicial para o telespectador e prejudicial em termos de imagem para nós. Também fomos vítimas de um erro de arbitragem", completou.
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