SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, a Inglaterra foi eliminada na fase de grupos. Na seguinte, em 2018, na Rússia, caiu nas semifinais, diante da Croácia, derrotada por 2 a 1. Na Eurocopa do ano passado, o time do técnico Gareth Southgate perdeu a final para a Itália, nos pênaltis (3 a 2), após empate por 1 a 1.

O crescimento mostrado nos últimos anos, com jogadores de alto nível à disposição do comandante, alimenta o otimismo do grupo na conquista do título mundial no Qatar. A única Copa vencida pelos ingleses foi a de 1966, quando Gordon Banks, Bobby Moore e Bob Charlton triunfaram em casa.

Para manter o sonho do bicampeonato, a Inglaterra precisa passar pelo Senegal, neste domingo (4), às 16h (de Brasília). O confronto das oitavas de final está marcado para o estádio Al Bayt, em Al Khor.

Ainda invicta, a Inglaterra terminou a primeira fase na liderança do Grupo B, conquistando sete pontos em sua chave pela primeira vez desde a Copa de 2006, na Alemanha. Já o Senegal, segundo do Grupo A, perdeu por 2 a 0 para Holanda (2 a 0) na estreia, mas se recuperou batendo o Qatar por 3 a 1 e o Equador por 2 a 1.

A grande força do time inglês, segundo o meia Phil Foden, é justamente o elenco recheado de bons jogadores à disposição do técnico Gareth Southgate. E todos estão à disposição, sem problemas físicos ou disciplinares.

"Nosso grupo é muito qualificado. Você olha para o banco e vê tantos bons jogadores que podem entrar e fazer a diferença. Definitivamente, é uma coisa boa de se ter, e vamos precisar disso para chegar longe na competição", disse Foden.

"Todos estamos treinando bem e jogando bem, então, acho que vai ser uma boa dor de cabeça para Gareth escolher quem começa jogando. Na Euro nós chegamos bem perto do título. Agora, com o grupo qualificado que temos, acredito que podemos conquistá-lo", acrescentou o meia do Manchester City.

Capitão e referência do ataque, o centroavante Harry Kane ainda busca seu primeiro gol no Qatar, para se aproximar do artilheiro histórico da seleção inglesa, Wayne Rooney, com 53 gols. Kane tem 51. Ele tem sido criticado pela torcida por ainda não ter marcado, mas é peça-chave de Southgate e participou de lances que terminaram com bola na rede.

Já do lado de Senegal, que disputa pela segunda vez o mata-mata (chegou às quartas de final em 2002, no Mundial da Coreia do Sul e do Japão), o técnico Aliou Cissé, além de não poder contar com seu melhor jogador, o atacante Sadio Mané, que nem foi para o Qatar, terá outros desfalques importantes: os meias Idrissa Gueye, suspenso por ter levado dois cartões amarelos na fase de grupos, e Cheikhou Kouyaté, lesionado.

Assim, a torcida senegalesa contará mais do que nunca com uma boa atuação do goleiro Édouard Mendy, eleito pela Fifa o melhor do mundo na posição em 2021, para segurar o poderio ofensivo inglês. Seus companheiros buscarão o caminho para superar o experiente arqueiro inglês Pickford. Se o duelo não for decidido no tempo normal, haverá 30 minutos de prorrogação e, se necessário, pênaltis.

"Esta será uma nova etapa para nós. Sabemos que estamos na fase eliminatória, o que é completamente diferente do que estamos acostumados a jogar em partidas de fases de grupos. Agora é uma situação de ganhar ou perder, não há segunda chance. Se você ganha, você passa. Se você perde, você vai para casa", comentou Cissé.

Para seguir rumo ao título, a Inglaterra conta com um bom retrospecto contra seleções africanas na Copa do Mundo. Até agora, foram sete confrontos, com quatro vitórias inglesas e três empates. Já Senegal tem histórico de três vitórias, um empate e duas derrotas contra rivais europeus.

"Sabemos que pelo ranking somos favoritos, e temos de lidar com isso. Mas Senegal é uma equipe muito perigosa. O primeiro objetivo está alcançado. Até aqui estamos muito satisfeitos. O grande negócio começa agora", afirmou Southgate.

"As seleções africanas enviaram uma mensagem forte: Camarões ganhou do Brasil, a Tunísia superou a França. Por isso pensamos que podemos ganhar da Inglaterra", afirmou o assistente técnico de Senegal, Régis Bogaert, que compareceu à entrevista coletiva pré-jogo no lugar de Aliou Cissé, doente.

Estádio: Al Bayt Stadium, em Al-Khor (Qatar)

Horário: Às 16h (de Brasília) deste domingo (4)

Transmissão: Globo, SporTV, Globoplay e Fifa+


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