DOHA, QATAR (FOLHAPRESS) - As comemorações dos jogadores brasileiros após os gols da vitória por 4 a 1 sobre a Coreia do Sul, nesta segunda-feira (5), não agradaram a Roy Keane, 51, ex-volante, hoje técnico. Na Copa do Mundo, ele está trabalhando na britânica ITV.
O irlandês, que atuou grande parte de sua carreira no Manchester United, acusou os brasileiros de ser "desrespeitosos" com os adversários, que, segundo ele, eram grandes azarões nas oitavas de final.
"Não gosto disso", afirmou, antes de acrescentar: "Acho que é desrespeitar os rivais".
"São quatro [gols], e eles estão fazendo isso o tempo todo. Eu não me importo com o primeiro tipo de ginga -o que quer que eles estejam fazendo- mas eles ainda estão fazendo isso, depois fazem de novo, e então o técnico se envolve. Não estou feliz com isso, não acho nada bom."
Em relação ao desempenho da seleção, Keane se rendeu ao futebol de Neymar e companhia.
"Não acredito no que estou vendo, sério", disse ele. "Brilhante, brilhante o Brasil, início de jogo fantástico. Mas nunca vi tanta dança. É como assistir Strictly [tipo de Dança dos Famosos]! Não posso acreditar no que estou assistindo, eu realmente não posso."
Em contraposição às críticas de Keane, outra comentarista da ITV, a ex-jogadora inglesa Eni Aluko, foi só elogios às coreografias brasileiras: "Adorei, é como se estivéssemos em uma festa brasileira. É por isso que o Brasil é favorito, mas a Coreia do Sul facilitou."
Na zona mista do estádio 974, onde os jogadores falam com os jornalistas, Lucas Paquetá e Raphinha defenderam a seleção das críticas de Keane.
"A dança simboliza a alegria de marcar o gol. A gente não faz para desrespeitar, não vai na frente de adversário, não faz nada. Todos estão ali, e a gente comemora, é o nosso momento. Se ele não gosta, não temos muito o que fazer para ele", declarou Paquetá.
"Se a gente fizer gol, vai continuar comemorando. É um grupo que está feliz em fazer o gol, está alegre em conquistar a vitória, o objetivo. Então, cada um comemora do seu jeito. A única coisa que ele tem de fazer é respeitar", completou.
Raphinha foi mais direto.
"O problema é de quem não gosta, porque a gente vai continuar fazendo."
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