SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em sua segunda Copa do Mundo, o goleiro marroquino Yassine Bounou, 31, tornou-se herói nacional nesta terça-feira (6) ao defender duas cobranças de pênaltis contra a Espanha e garantir a seleção africana nas quartas de final do torneio pela primeira vez na história.

E foi justamente contra o país onde ele joga atualmente. Bono, como é chamado, defende as cores do Sevilla no Campeonato Espanhol.

Antes mesmo do jogo, os espanhóis sabiam que teriam um goleiro difícil de ser superado. Na temporada 2021/2022, Bono ganhou o Troféu Zamora, tradicional prêmio entregue pelo jornal Marca ao melhor goleiro da temporada.

Nascido no Canadá, Bono se mudou com a família para o Marrocos aos 8 anos. Surgiu no futebol na base do Wyad Casablanca e aos 19 anos foi negociado com o Atlético de Madri.

Não conseguiu se firmar na equipe e acabou rodando por clubes menores, até ser negociado com o Sevilla em 2020. No clube, foi peça fundamental na conquista do título da Liga Europa na temporada 2019/2020.

No ano passado também foi destaque ao marcar o gol do empate por 1 a 1 do Sevilla com o Valladolid, pelo Campeonato Espanhol. O time perdia até os 49 minutos do segundo tempo, quando ele foi para o ataque em uma cobrança de escanteio e acabou marcando de pé esquerdo, após pegar a sobra de um rebote.

Nesta Copa do Qatar, Bono já havia chamado a atenção ao ser "substituído" logo após a execução do hino na partida contra a Bélgica, na segunda rodada da fase de grupos. O goleiro se sentiu mal, com vertigens, e acabou não jogando.

Nesta terça, se redimiu e mudou a sua história. Passou a ser o goleiro que parou a Espanha. Foram dois pênaltis defendidos, nas cobranças de Soler e de Busquets.

"Eu me concentrei e graças a Deus acertei o canto e peguei os dois pênaltis", disse Bono após o jogo.


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