DOHA, QATAR (FOLHAPRESS) - É difícil imaginar que a Argentina teria chegado às quartas de final da Copa do Mundo sem Lionel Messi, 35.

A França não é dependente de Kylian Mbappé, 23, mas o brilhantismo dele faz da equipe favorita ao título.

Neymar, 30, demorou, mas sua última atuação pelo Brasil mostrou o quanto ele é importante para a seleção.

O trio que atua junto no Paris Saint-Germain desembarcou no Qatar com a expectativa de que um deles seria o grande craque do Mundial, embora outros nomes também estivessem cotados.

Passadas a fase de grupos e as oitavas de final, cada um construiu uma história distinta na competição, com o argentino e o francês à frente do brasileiro na corrida pelo prêmio individual.

Além de ser o artilheiro do torneio, com cinco gols, o camisa 10 francês tem se notabilizado pelos golaços na competição.

Foram dois contra a Polônia, nas oitavas de final, com arremates que surpreenderam até mesmo o ótimo goleiro Wojciech Szczesny na vitória por 3 a 1.

Contando os passes que ele deu para seus companheiros, são ao todo sete participações em gols franceses.

Poderia ter feito mais, mas foi poupado na última rodada da fase de grupos e entrou em campo apenas na parte final do duelo com a Tunísia, o único em que os europeus foram derrotados, por 1 a 0.

Nos demais jogos em que ele foi titular (Austrália, Dinamarca e Polônia), Mbappé foi eleito o melhor jogador da partida. Tem sido tão decisivo quanto foi em 2018, quando aos 19 anos brilhou na conquista da França em solo russo, quando anotou quatro gols.

Com nove gols ao todo em Mundiais, tornou-se o segundo maior artilheiro da França na história do torneio, atrás apenas de Just Fontaine, que tem 13.

Messi também é o segundo maior goleador da Argentina em Copas, com nove gols, um a menos do que Gabriel Batistuta.

Os gols dele no Qatar foram fundamentais para evitar um vexame argentino nesta edição depois da surpreendente derrota na estreia, diante da Arábia Saudita.

Havia o risco de a equipe sul-americana ser eliminada já na segunda rodada, mas com um gol e uma assistência do camisa 10, a Argentina venceu o México por 2 a 0 e se manteve viva. A vaga veio na última rodada, com vitória por 2 a 0 sobre a Polônia, único jogo em que ele não fez gol na Copa, mas foi importante por sua atuação.

Tanto que foi eleito o melhor em campo em todos os jogos dos argentinos no Mundial. No último deles, contra a Austrália, quando completou seu milésimo jogo como profissional, foi magistral no triunfo por 2 a 1. Foi ele quem abriu o caminho da vitória.

Enquanto Messi e Mbappé acumulavam atuações brilhantes na competição, Neymar viu metade dos jogos da seleção brasileira nesta Copa do hotel onde a equipe está hospedada.

Na estreia, contra a Sérvia, além de ter uma atuação apagada, sofreu uma lesão no tornozelo direito que o tirou de combate nos duelos contra Suíça e Camarões.

O problema físico colocou em risco a continuidade dele na competição, além de gerar uma dúvida sobre em que condições ele jogaria caso se recuperasse a tempo de atuar novamente.

Sem ele, o Brasil venceu os suíços e, com a vaga já assegurada, perdeu dos camaroneses, quando jogou apenas com reservas.

Somente nas oitavas de final o camisa 10 teve uma atuação à altura. Diante da Coreia do Sul, além de um gol de pênalti, fez boas jogadas e ainda "ganhou" uma assistência, já que a Fifa considerou como um passe um leve desvio que ele deu na bola ao tentar finalizar um cruzamento de Raphinha. Vinícius Júnior foi quem completou para o gol.

Com o gol, tornou-se, ainda, o terceiro brasileiro a deixar sua marca em três edições de Copas do Mundo, depois de Pelé (1958-1962-1966-1970) e Ronaldo (1998-2002-2006).

Na corrida contra Messi e Mbappé pelo reconhecimento de melhor da Copa, no entanto, o camisa 10 brasileiro acabou prejudicado justamente por só se apresentar de fato no último jogo.

Na própria seleção brasileira, nomes como Vinícius Júnior e Richarlison foram mais importantes para o time ao longo da competição do que o atleta do PSG.

A sequência do mata-mata, com os jogos mais difíceis nas quartas, semifinal e final, porém, podem fazer Neymar equilibrar essa disputa com os companheiros do time francês.

Nas quartas de final, terá pela frente a Croácia, nesta sexta-feira (9), às 12h (de Brasília). Messi também jogará no mesmo dia, às 16h, contra a Holanda. O desafio de Mbappé será no sábado (10), às 16h, contra a Inglaterra.

Avançar à semifinal com uma boa atuação é fundamental para quem deseja ser eleito o melhor jogador da Copa do Mundo. A disputa pelo prêmio promete boas emoções.

Divulgação - Messi e Neymar