DOHA, QATAR (FOLHAPRESS) - Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), não é muito afeito à possibilidade de colocar um estrangeiro à frente da seleção brasileira. Mas pode ser o jeito.

Ele nem queria tratar de possíveis nomes, do Brasil ou de fora, antes do fim da trajetória do Brasil na Copa do Mundo no Qatar. Tinha medo de que isso pudesse atrapalhar o trabalho do técnico Tite e levar às próprias costas o peso de um resultado ruim.

O dirigente tinha medo de trabalhar na sucessão e ver a notícia vazar. Exigia que nenhum funcionário ou diretor da entidade criasse obstáculos ao comandante do time até o final da competição. O que o treinador e sua comissão pediam era lei.

Mas a busca era inevitável, principalmente desde o anúncio de Tite de que não continuaria à frente do time canarinho independentemente do resultado no Mundial. A queda nas quartas de final nesta sexta-feira (9), com derrota nos pênaltis, antecipou o adeus.

No momento, Ednaldo não tem ideia de quem vai colocar no lugar do técnico que comandou o país nas Copas de 2018 e 2022. Ele não vê entre os brasileiros muitas opções que considere à altura do cargo. Por isso pode abrir espaço para um estrangeiro.

Terminado o jogo, Tite confirmou sua saída, descartando uma mudança de planos. A decisão já estava tomada fazia algum tempo, como contou ao jornal Folha de S.Paulo antes do Mundial.

"Um ano e meio ou dois anos atrás, eu chamei a comissão técnica toda e coloquei a eles: depois de se encerrar o ciclo [da Copa de 2022], novas lideranças têm que surgir e um novo processo tem que acontecer. É assim que se oxigena, que se revigora e que se evolui", afirmou o treinador.


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