SÃO PAULO, SP (UOL - FOLHAPRESS) - Após a eliminação do Brasil para a Croácia nos pênaltis na última sexta-feira (9), Neymar iniciou seu texto nas redes sociais dizendo que estava "psicologicamente destruído", e Ronaldo, nesta segunda (12), disse em evento realizado em Doha, no Qatar, que está à disposição do atacante para ajudá-lo, mas sugeriu que além disso, o craque também deve pedir ajuda especializada.

Nas duas últimas Copas, a seleção comandada por Tite decidiu não levar um profissional dedicado à saúde mental dos atletas para a disputa do torneio, embora uma profissional tenha visitado a CBF durante a preparação durante a Copa de 2018.

"Aconselharia ter um acompanhamento psicológico pra aguentar essa pressão que é extremamente desproporcional para o ser humano", afirmou Ronaldo.

"Quando vi a entrevista falando que estava psicologicamente destruído, aquilo partiu meu coração de uma maneira que eu também fiquei destruído psicologicamente. Queria encontrar uma forma de ajudá-lo. Essa ajuda existe hoje em dia. Na minha época era pouco falado", completou.

O Fenômeno também acredita que Neymar não se despedirá da seleção brasileira. Aos 30 anos, o jogador despistou se esta Copa do Mundo seria a sua última:

"Neymar vai voltar com tesão de sempre, com a vontade de sempre. Mas eu queria reforçar essa necessidade do acompanhamento da saúde mental dos nossos atletas. É muito importante a gente tocar nesse assunto e principalmente tratando-se de Copa do Mundo, onde o mundo inteiro está olhando para a Seleção. O mundo estava olhando pro Neymar", avaliou Ronaldo, que não vê risco de a carreira do camisa 10 ficar manchada caso não tenha um Mundial.

Ronaldo também falou sobre a falta que a conquista de uma Copa pode fazer ao camisa 10 da seleção brasileira:

"Não tem risco nenhum de jogar fora absolutamente nada do que fez na carreira. Tudo o que fez está feito. Neymar é consagrado. Logicamente todo mundo quer vencer a Copa do Mundo e todo mundo começa a perceber que não é fácil.

Ainda em novembro, a reportagem apontou para a necessidade desse tipo de profissional na preparação dos atletas, conforme o depoimento da psicóloga Carla di Pierro, especializada na área esportiva: "É fundamental a presença de um psicólogo do esporte nas equipes de saúde e performance de alto nível de qualquer modalidade. Ainda mais em competições com o nível de cobrança de uma Copa"

Quem também falou sobre a presença de um psicólogo, foi o colunista Walter Casagrande Jr, também em novembro, ainda no início da Copa do Mundo:

"Eu sempre defendo psicólogo. O lance de psicólogo numa comissão técnica é que atinge muitas coisas que as pessoas não sabem. Por exemplo, o jogador tem medo numa véspera de jogo, tem ansiedade, fica impulsivo, tem insônia nervosa, todas as sensações que o cidadão comum tem na véspera de algo importante, o jogador também sente. Sou contra o Brasil não ter um psicólogo, o futebol brasileiro é muito resistente a isso", disse Casagrande no Posse de Bola.


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