SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Sobraram quatro seleções na Copa do Mundo, duas das quais decidiram a última edição do torneio. Na tentativa de retornar ao confronto final, a França, defensora do título, e a Croácia, atual vice-campeã, terão pela frente, respectivamente, Marrocos e Argentina.

A partida desta quarta-feira (14), no estádio Al Bayt, em Al Khor, terá pela primeira vez uma seleção africana nas semifinais. O surpreendente time de Marrocos, que já deixou Espanha e Portugal para trás, não terá vergonha de adotar uma estratégia defensiva por nova zebra.

É difícil negar o favoritismo da França, campeã do mundo em 1998 e 2018, contra Marrocos, a primeira nação africana a atingir as semifinais da Copa. Mas convém não duvidar da equipe dirigida por Walid Regragui, que vem exibindo capacidade de defender-se em alto nível.

A formação marroquina levou apenas um gol em cinco partidas na competição. Foi na primeira fase, na vitória por 2 a 1 sobre o Canadá. E foi um gol contra, marcado pelo zagueiro Aguerd, 26. O arqueiro Bono, 31, que faz torneio excepcional, não foi batido por nenhum rival.

Os espanhóis tiveram 76,8% de posse bola contra Marrocos, segundo a empresa de dados esportivos Opta. Trocaram quase inacreditáveis 1.019 passes. Porém acertaram um chute no gol em 120 minutos e, após empate por 0 a 0, perderam nos pênaltis. Por 3 a 0. Nem no desempate Bono foi vazado.

A eficiência se repetiu contra Portugal, triunfo por 1 a 0 em cabeceio de En-Nesyri, 25. Mas o desafio promete ser maior diante da França, que conta com o veloz Mbappé, 23, e o artilheiro Giroud, 36, em ótima fase.

Foi Giroud quem decidiu a vitória por 2 a 1 sobre a Inglaterra, nas quartas. Um jogo em que os atuais campeões tiveram dificuldades, mas voltaram a demonstrar força, apesar dos múltiplos desfalques sofridos na preparação e na própria competição.

O principal foi Benzema, eleito melhor do mundo pela revista France Football na temporada 2022. No entanto, o substituto Giroud, que passou em branco na conquista da Copa em 2018, já balançou a rede quatro vezes na atual edição. Mbappé celebrou cinco vezes.

Agora, a meta é superar Bono.

"Marrocos tem mostrado recursos e qualidade. Merece muito respeito", disse o camisa 9, preocupado com a possibilidade de o adversário acrescentar uma zebra à já extensa lista deste Mundial. "Precisamos dar tudo de nós contra um adversário duro."

ESCALAÇÕES

Depois de liderar o Grupo D, a França passou por Polônia e Inglaterra no mata-mata. Nas quartas de final, contra os Três Leões, os Bleus encontraram sérias dificuldades, mas um pênalti desperdiçado por Harry Kane resolveu tudo. Para encarar o Marrocos, Didier Deschamps não lida com novas ausências. A tendência é que o técnico repita a mesma escalação do compromisso anterior:

Lloris; Koundé, Varane, Upamecano E Hernández; Tchouameni e Rabiot; Dembélé, Griezmann e Mbappé; Giroud.

Líder do Grupo F, a seleção marroquina ainda não perdeu neste Mundial. A equipe empatou com Croácia e Espanha, e venceu Bélgica, Canadá e Portugal. Tudo isso sofrendo apenas um gol: Aguerd marcou contra. Diante da seleção lusa, o técnico Walid Regragui não pôde contar com os serviços dos lesionados Nayef Aguerd e Noussair Mazraoui.

Nas quartas, o comandante viu o defensor Romain Saïss e o atacante Hakim Ziyech deixaram os gramados com dores. Ainda assim é esperado que o quarteto esteja à disposição para enfrentar a França. A única baixa certa é Walid Cheddira, suspenso.

O Marrocos deve ir a campo com: Bono; Hakimi, El Yamiq, Aguerd e Mazraoui; Ounahi, Amrabat e Amallah; Ziyech, En-Nesyri e Boufal.

Estádio: Lusail, em Doha (Qatar)

Horário: Às 16h (de Brasília) desta sexta-feira (9)

Árbitro: César Ramos (México)

Auxiliares: Alberto Morin e Miguel Hernandez (ambos do México)

VAR: Drew Fischer (Canadá)

Transmissão: Globo, SporTV, Globoplay e Fifa+


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