SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Durante entrevista ao programa De Primeira, Marcelo Carvalho, fundador do Observatório de Discriminação Racial no Futebol, comentou mais o caso de racismo contra Vinicius Junior, astro da seleção brasileira e do Real Madrid.

Apesar de não estar surpreso, Marcelo disse que os racistas estão esticando a corda, pois perceberam que não são punidos. Além disso, o especialista afirma temer pela vida do brasileiro.

Marcelo também afirma que o ideal é que esse tipo e crime não possa ser dissociado do clube em questão (Atlético de Madrid). O especialista defende que as punições sejam mais duras em relação aos clubes, como a perde de pontos ou do mando de jogo. Só multas financeiras não tem efeito;

Ele citou um caso registrado no Brasil, onde a juíza responsável pelo caso isentou o clube de responsabilidade;

Ele também afirmou por que se trata de racismo: outros astros não negros do Real Madrid não recebem o mesmo tratamento.

"Eu fiquei chocado, porque em pleno 2023, com tudo o que diz a Fifa, a Federação Espanhola, o que essas entidades trabalham e divulgam, vermos um caso desse é estarrecedor. Até que ponto vamos chegar? Essas pessoas estão esticando a corda porque perceberam que não são punidas. Eu temo pela vida do Vini Jr", disse.

"Estamos preparando o relatório sobre 2022, e um caso me chamou a atenção: a Justiça entendeu que o clube não seria punido por conta do ato do torcedor. Se a gente pensar dessa forma, não vamos punir ninguém. O torcedor que está dentro faz parte do clube de futebol, não entra em campo mas ajuda a ganhar. Então, se um torcedor que se sentir injustiçado vai começar a perceber que se ele notar um caso de racismo, ele irá denunciar, para que o clube não seja punido", comentou Marcelo.


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