SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Daniel Alves está preso há uma semana, e a prioridade de seu advogado, Cristóbal Martell, é tirar o jogador da prisão Brians 2. Em entrevista não gravada ao canal "Antena 3", da Espanha, a defesa detalhou os próximos passos.

O advogado, que visitou Daniel Alves na prisão, preparou o recurso contra a ordem de prisão do jogador e planeja entregá-lo nas próximas horas.

Alves estaria disposto a aceitar qualquer medida de controle para que o juiz aceitasse sua soltura. Desde uma fiança alta a uma pulseira (similar às tornozeleiras usadas no Brasil) ou ida no tribunal todos os dias;

Sobre a estratégia para defender o jogador brasileiro, Martell afirmou que o objetivo é provar que houve consentimento da relação.

A defesa quer provar de Daniel Alves não tentará deixar o país até o dia de seu julgamento, ainda sem data marcada. Dessa forma, o jogador estaria disposto a acatar qualquer medida de controle.

O advogado ainda justificou que as contradições nos depoimentos de Dani Alves devem-se ao fato de o jogador tentar preservar a esposa e a família. O jogador não queria que a mulher descobrisse a traição.

O lateral também está disposto a prestar novo depoimento, agora com uma versão coerente dos acontecimentos.

Martell afirmou que Dani Alves estava "tranquilo" durante o encontro, se adaptando à vida na prisão. Mesmo assim, ele não quer receber visitas de familiares.

COMO DENUNCIAR VIOLÊNCIA SEXUAL

Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.

Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.


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