RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - Após se organizarem através de um grupo de WhatsApp, centenas de torcedores do Flamengo que estiveram no Mundial de Clubes já têm um escritório de advocacia para representá-los em ação judicial contra a Fifa. Já foram definidas as linhas estratégicas básicas na busca por reparação pelos contratempos que os rubro-negros enfrentaram no Marrocos.
OS PROBLEMAS
O principal motivo para os processos foi a mudança repentina de cidade-sede para a disputa de terceiro lugar entre Flamengo e Al Ahly. Faltando dois dias para a data, o jogo passou da capital Rabat para Tânger, que fica no norte do Marrocos, a 249 km.
A alteração influenciou diretamente na logística dos rubro-negros, que haviam se planejado para assistir a partida em Rabat, já que, inicialmente, tanto a disputa de 3º lugar quanto a final aconteceriam no mesmo dia (11) e no mesmo local, no estádio Moulay Abdalah.
Muitos desistiram de ir para Tânger e outros ainda enfrentaram contratempos com a desorganização da Fifa na operação da final entre Real Madrid e Al Hilal, quando os merengues sagram-se campeões.
Quem foi a Tânger ver o Flamengo vencer o Al Ahly por 4 a 2 quer agora ser reparado com os gastos extras e inesperados.
AS AÇÕES
O escritório capixaba "Altoé Advocare Advogados Associados" está à frente da representação de cerca de 300 rubro-negros.
Inicialmente, a ideia era realizar uma ação coletiva, mas como cada caso possui sua particularidade, o escritório entendeu que o ideal é que os processos sejam feitos de forma individualizada.
Segundo o escritório, apenas órgãos como o Ministério Público ou a defensoria poderiam entrar com ação. O processo será movido na Justiça brasileira.
O escritório ainda estuda os trâmites jurídicos para saber se irá citar a Fifa por meio de representantes da entidade no Brasil ou na Suíça, país onde é sediada.
A princípio, não há o interesse de envolver o Flamengo no processo.
A ação focará nos danos materiais, tais quais restituição do valor do ingresso da partida eventualmente perdida, deslocamento, hospedagem, e demais eventuais gastos extras decorrentes da alteração do local do jogo.
Também será feito o pedido de danos morais, no entanto o escritório salienta que isso dependerá de cada caso específico.
Torcedores que residem no exterior não poderão ingressar com esta ação via Justiça brasileira.
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