RIO DE JANEIRO, RJ (UOL-FOLHAPRESS) - Ramon Menezes é o primeiro profissional a treinar a seleção brasileira -ainda que interinamente- tendo sua formação completa na CBF Academy, o curso da entidade para formação de treinadores.
Ramon tem licença B, A e a PRO, o nível mais alto delas. Ele foi escolhido interinamente como técnico no amistoso contra o Marrocos, em 25 de março, já que tem como função efetiva comandar a seleção sub-20.
A CBF, no entanto, não pensa em uma "prata da casa" para treinar o Brasil até a Copa do Mundo 2026. O favorito da entidade é o italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid.
Na licença PRO, Ramon fez parte da mesma turma que tinha Tite, Mano Menezes e Dunga --três dos últimos quatro técnicos da seleção. Mano chegou a ser companheiro de grupo do Ramon em um dos trabalhos táticos propostos.
Tite foi aluno da Pro em 2019 e já chegou ao último estágio do curso porque, na análise de currículo, somou pontos com títulos e experiência ao longo dos anos.
Ramon começou a partir da licença B, que é voltada para profissionais que querem trabalhar com a base. A partir daí, avançou de nível até se formar na PRO.
**QUESTÃO DE MERCADO**
A CBF intensificou a preocupação com a formação de treinadores depois da derrota por 7 a 1 sofrida pela seleção brasileira na Copa 2014, frente à Alemanha. A percepção é que a goleada ressaltou um atraso, personificado em Felipão, das ideias dos técnicos brasileiros.
Nos anos seguintes, vários profissionais estrangeiros passaram a ser contratados por clubes brasileiros. A vinda de Jorge Jesus para o Flamengo, campeão brasileiro e da Libertadores em 2019, reforçou essa onda, que dura até hoje.
A presença de instrutores estrangeiros nos módulos da CBF Academy tornou-se frequente. Quando Ramon fez a licença A, em 2016, teve aulas com o português José Guilherme, especialista em periodização tática, e com o alemão Lars Isecke, instrutor da Federação Alemã de Futebol. Atualmente, a CBF recorre a profissionais que já se formaram no curso para ministrarem palestras.
**A CARREIRA DE RAMON COMO TÉCNICO**
O primeiro trabalho de Ramon como técnico foi em 2015, na ASEEV, em Goiás. Entre 2015 e 2021, passou por Anápolis, Joinville, Guarani-MG, Tombense, CRB, Vasco e Vitória. Desde março de 2022, ele comanda a seleção sub-20.
O QUE DISSE RAMON QUANDO SE FORMOU:
"Certificado que vai muito além do diploma. Assim como na época de jogador, coloquei nas aulas práticas e didáticas do curso, o mesmo esforço e concentração que me nortearam como atleta. A verdade é que as centenas de chutes pós treinos, estão agora traduzidos em horas e horas aplicadas em adquirir conhecimento, exercitando a cabeça, lendo jogadas, trocando passes sobre futebol com colegas que são craques nesse esporte que tanto nos dedicamos e vamos nos debruçar em busca de melhorar todos os dias."
**RAMONISMO PELO RAMONISMO**
Ramon quer que suas equipes demonstrem características além dos conceitos táticos.
Nos anos seguintes, vários profissionais estrangeiros passaram a ser contratados por clubes brasileiros. A vinda de Jorge Jesus para o Flamengo, campeão brasileiro e da Libertadores em 2019, reforçou essa onda, que dura até hoje.
A presença de instrutores estrangeiros nos módulos da CBF Academy tornou-se frequente. Quando Ramon fez a licença A, em 2016, teve aulas com o português José Guilherme, especialista em periodização tática, e com o alemão Lars Isecke, instrutor da Federação Alemã de Futebol. Atualmente, a CBF recorre a profissionais que já se formaram no curso para ministrarem palestras.
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