RIO DE JANEIRO, RJ (UOL- O modelo de torcida única, que já é implementado em outros estados, foi descartado no Rio de Janeiro mesmo após as brigas no último Flamengo e Vasco (5) que resultaram em uma morte. E no que depender do Rubro-Negro, do Cruz-Maltino, do Botafogo, do Fluminense, da federação (Ferj) e do próprio Governo Estadual, tal hipótese não ganhará adesão.
*MP-RJ COGITOU TORCIDA ÚNICA**
Quem cogitou a proposta de torcida única nos estádios cariocas foi o promotor do Ministério Público, Rodrigo Terra, em entrevista à TV Globo nesta semana. Na ocasião, classificou a possibilidade como uma "medida excepcional"Está surgindo no horizonte como uma medida excepcional necessária. Assim como outros Estados que adotaram essa medida extrema e alcançaram medidas boas com diminuição da violência, talvez essa experiência possa ser aproveitada no Rio", declarou Terra.
**CLUBES, FERJ E GOVERNO APOSTAM EM PUNIÇÕES MAIS RÍGIDAS**
O tema, porém, não ganhou eco na reunião que ocorreu ontem (10), no Palácio Guanabara, para tratar da segurança nas semifinais do Campeonato Carioca.
Estiveram no encontro, capitaneado pelo governador Cláudio Castro, os representantes dos semifinalistas, a Ferj, o MP, o Tribunal de Justiça (TJ-RJ), a Polícia Militar e a Polícia Civil, entre outras autoridades.
O Governo aposta no rigor maior das punições como um freio na violência. Como nova medida, por exemplo, Castro anunciou que a partir de agora quem for preso em briga de torcida será enquadrado como "organização criminosa".
Outra determinação aplicada foi a de afastamento, por tempo indeterminado, das organizadas Raça Rubro-Negra, Torcida Jovem do Flamengo, Força Jovem do Vasco, Young Flu e Fúria Jovem do Botafogo.
**PROBLEMA É DO LADO DE FORA**
Botafogo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Ferj e Governo Estadual são unânimes em avaliar que, dentro dos estádios cariocas, a segurança está controlada, assim como também nos arredores mais imediatos.
A avaliação é de que os problemas acontecem nos bairros adjacentes, e justamente por isso pensam que a medida de torcida única não seria efetiva no combate à violência.
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