RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - Parte do grupo composto por jogadores e membros brasileiros da comissão técnica do Al-Merreikh, que estava preso na guerra do Sudão, começou a embarcar para o Brasil.

O lateral Alex Silva, o atacante Matheuzinho e o fisioterapeuta Joílson Amorim têm chegada prevista para o fim da manhã desta quinta (27), em São Paulo.

O restante do grupo vai utilizar outro voo, que tem chegada prevista na parte da noite, no Rio de Janeiro.

Eles estão em Cairo, na capital do Egito, país em que chegaram na segunda-feira.

O grupo deixou Cartum, capital do Sudão, no domingo, em um ônibus disponibilizado pelo Al-Merreikh.

São nove brasileiros, sendo quatro atletas e cinco membros da comissão técnica.

Dentre os jogadores, estão os atacantes Paulo Sérgio e Matheuzinho, o lateral Alex Silva e o defensor Sérgio Raphael.

Dos membros da comissão técnica, há o técnico Heron Ferreira, o auxiliar José Esdras, o fisioterapeuta Joílson Amorim, o preparador físico Rodolpho Maia e o treinador de goleiros Itamar Rodrigues.

Em nota divulgada no domingo, o Itamaraty afirmou que "estabeleceu-se como prioritária a retirada dos brasileiros que se encontravam na capital, Cartum, onde houve grande parte dos conflitos nos últimos dias".

Veja nota do Itamaray na íntegra:

"O governo brasileiro segue empreendendo esforços para retirar todos os brasileiros em território sudanês tão logo quanto possível. Estabeleceu-se como prioritária a retirada dos brasileiros que se encontravam na capital, Cartum, onde houve grande parte dos conflitos nos últimos dias.

Registravam-se 16 nacionais naquela cidade. Entre esses, preocupava especialmente a situação de três crianças, que deixaram Cartum esta madrugada, em companhia do pai, em comboio da ONU para o leste do país. Outros 10 saíram esta tarde por via terrestre em direção ao norte. Uma cidadã seguiu para cidade ao sul, conforme orientada pela organização da qual faz parte. Resta um cidadão brasileiro na capital, que presumia poder ser evacuado esta manhã, o que acabou não sendo possível. Encontra-se em segurança e aguardando orientações.

O governo brasileiro chegou a viabilizar evacuação mais ampla em coordenação com a ONU e com países europeus, o que não pôde ser concretizado por questões de deslocamento e segurança.

O Brasil permanece em estreito contato com a ONU e com outros governos com nacionais no Sudão e continua a monitorar a situação dos demais brasileiros no país, que por estarem em localidades não conflagradas, estão em situação de menor risco relativo".


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