SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) - A CPI das Apostas tenta, desde a semana passada, entrar convocações para que o zagueiro Eduardo Bauermann, ex-Santos, e o volante Romário, ex-Vila Nova, sejam ouvidos pela comissão na reunião de amanhã (13) à tarde. Enquanto isso, o ex-santista pede ao Superior Tribunal Federal (STF) para não precisar depor perante os deputados.
Até a tarde desta segunda-feira, os nomes de Bauermann e de Romário constavam na lista de depoentes da reunião extraordinária de terça, que destacava que os dois não haviam sido localizados. A convocação para que eles e outras cerca de 40 pessoas fossem ouvidas foi discutida a aprovada na terça passada.A secretaria-executiva da CPI inicialmente procurou ambos por endereço e telefone que constavam na base de dados da Câmara, mas não conseguiu localiza-los por este caminho. Da mesma forma, apesar de as votações da CPI serem públicas, Bauermann e Romário, ou seus advogados, não procuraram a Câmara para se colocarem à disposição.
No caso de Bauermann, a defesa dele entrou com um habeas corpus no STF na sexta-feira, pedindo que ele não seja obrigado a depor, sob a alegação de que o caso já está sendo investigado na Justiça de Goiás. Nesta segunda, o pedido foi distribuído para o relator André Mendonça.
Para a secretaria da CPI, próximo passo será acionar a Polícia Legislativa (Depol) para que esta, se necessário, acione a Polícia Federal e os dois sejam levados coercivamente à CPI para depoimento. Mas essa alternativa só deve ser considerada depois do início da reunião na qual elas são aguardados, amanhã. Como convocados, eles não têm a prerrogativa de recusar a ida à CPI.
Esta será a segunda reunião da CPI com oitivas, depois de a primeira contar com o presidente do Vila Nova, que denunciou o esquema de manipulação de resultados, e dois representantes do Ministério Público de Goiás.
Desta vez a reunião tem como tema "Manipulação de resultados no estado de Goiás", e vai ouvir dirigentes do futebol goiano, entre eles o presidente da federação goiana, Ronei Ferreira de Freitas, um ex-presidente do sindicato de árbitros, Cleyton Pereira dos Anjos, e o presidente do sindicato dos jogadores, Júlio Cesar Garcias. Júlio César Motta, presidente da comissão de arbitragem do estado, justificou ausência.
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