SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Morreu aos 73 anos, na manhã de segunda-feira (17), Palhinha, jogador de grande sucesso no futebol brasileiro entre as décadas de 1970 e 1980. As causas da morte não foram divulgadas pela família, mas ele estava internado em Belo Horizonte por causa de uma infecção.
Atacante de qualidade e mobilidade, Vanderlei Eustáquio de Oliveira vestiu diversas camisas, porém teve maior destaque no Cruzeiro e no Corinthians. Teve passagem relevante também pelo Atlético Mineiro, no início dos anos 1980, onde foi bicampeão mineiro.
Foi vestindo azul que Palhinha chamou a atenção. Além de múltiplas conquistas no Campeonato Mineiro, foi um dos grandes nomes do Cruzeiro no título da Copa Libertadores de 1976. Coube a ele a artilharia da competição, com 13 gols em dez jogos.
No ano seguinte, transferiu-se para o Corinthians, que vivia seu maior jejum de títulos. Teve contribuição decisiva para a conquista do histórico Campeonato Paulista de 1977, marcando de nariz, em rebote, à Corinthians, o gol que definiu o primeiro jogo. No segundo, lesionou-se.
Foi também no clube do Parque São Jorge que Palhinha estabeleceu parceria de enorme qualidade com Sócrates, que chegou em 1978 do Botafogo-SP. Com um gol de cada um no confronto decisivo com a Ponte Preta, o time chegou ao título estadual de 1979.
Palhinha defendeu também Santos, Vasco e América-MG e esteve na seleção brasileira em 18 partidas, com seis gols. Ainda nos anos 1980, tornou-se treinador e dirigiu algumas equipes em que havia jogado, como América-MG, Atlético Mineiro, Corinthians e Cruzeiro, sem o sucesso que experimentara dentro do campo.
Sua morte foi lamentada por todos esses times. O Cruzeiro lembrou seus 156 gols em 457 jogos vestindo azul. O Corinthians chamou o mineiro de Belo Horizonte de "craque do Time do Povo". O Atlético se referiu a ele como "um dos grandes atletas do futebol brasileiro".
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