RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - Assim como diversos meninos brasileiros, Fabrício Isidoro cultivou na infância o desejo de ser jogador de futebol. Na caminhada, tinha ainda a responsabilidade de levar o sobrenome herdado do pai, Paulo, ídolo do Atlético-MG e integrante da seleção brasileira de 1982.
Natural de Minas Gerais, começou na base do Cruzeiro, rodou por clubes de menor investimento e admite que perdeu o ânimo. Mas surgiu a oportunidade de ir para Portugal. Ele deu mais uma chance ao sonho e, no Velho Continente, se encontrou.
"Foram diversas dificuldades. Eu cheguei a ficar uns cinco meses sem clube algum. Foi um momento complicado e desanimei. Tinha 24 anos quando apareceu a chance de ir para Portugal, para o Louletano. Pensei: 'é minha última oportunidade. Vou tentar e ver o que vai acontecer'. E deu certo", contou.
O ACESSO
O Farense passou duas temporadas na LigaPro, a segunda divisão da liga portuguesa, mas conseguiu a segunda colocação e, consequentemente, subiu para a elite. Desde a chegada de Fabrício, será a segunda vez que o clube estará na primeira divisão.
"A cidade de Faro é apaixonada por futebol, e há dois anos estivemos na primeira liga, após 18 anos sem disputar a primeira divisão. Foi muito bom esse acesso, a cidade e o grupo mereciam. Foi uma consequência do bom trabalho que nós fizemos", disse.
COMEÇO
Fabricio ficou 13 anos na base do Cruzeiro. Após se tornar profissional, passou por alguns clubes de Minas, como Poços de Caldas, Democrata, Vila Nova, Tupi, Caldas Novas e Formiga. Também atuou pelo Sertãozinho, de São Paulo.
"Passei por alguns clubes, mas vive com salários mais baixos, atrasos e alguns com calendário só até o meio do ano, com o Estadual. Fiquei uns cinco meses sem clube, e comecei a desanimar", apontou.
RELAÇÃO COM O PAI
O volante nasceu em 1992, um ano depois de Paulo Isidoro pendurar as chuteiras. Ele não viu o pai jogar ao vivo, mas ressalta que o tem como grande ídolo no futebol.
"Ele é meu ídolo, mesmo sem ter visto ele jogar muito, mas por ter me ensinado tudo. Comecei jogando futebol, criança, na escolinha dele, ele montou a escolinha de futebol e, até hoje, me dá conselhos. Ele não consegue muito assistir aos jogos, porque ele fica muito nervoso", brincou.
Fabrício conta que, em Portugal, Paulo Isidoro é bastante conhecido e muitos lembram de sua participação na Copa de 82, que foi realizada na Espanha:
"Tenho um amigo meu, que é mais velho, que até me mostrou um ingresso de um jogo no Brasil na Copa de 82. As pessoas o conhecem até hoje e comentam sobre".
Para explorar ainda mais a carreira do pai, às vezes, a internet é uma aliada: "Uma vez, um torcedor fanático do Grêmio me mandou o vídeo da final do Brasileiro de 81, contra o São Paulo, na íntegra e assisti ao jogo todo".
Entre na comunidade de notícias clicando aqui no Portal Acessa.com e saiba de tudo que acontece na Cidade, Região, Brasil e Mundo!