RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - O quiosque na orla de Copacabana onde aconteceu nesta terça-feira (8) a briga entre torcedores de Fluminense e Argentinos Juniors calcula um prejuízo de cerca de R$ 9 mil.
O QUE ACONTECEU
Tricolores e argentinos trocaram socos e pontapés no estabelecimento horas antes da partida entre os clubes no Maracanã, válida pelas oitavas de final da Libertadores e onde o Fluminense venceu por 2 a 0, classificando-se.
A reportagem esteve no quiosque na manhã desta quarta-feira (9) e conversou com funcionários do local, que funcionava ainda sob as consequências da pancadaria, utilizando mesas e cadeiras emprestadas.
Além destes objetos e das louças, o balcão de vidro do quiosque também foi quebrado.
Na confusão, clientes de outras mesas deixaram o local sem pagar, aumentando o prejuízo.
"Somente o balcão de vidro vai custar R$ 4 mil o conserto. Aí tem todos os objetos quebrados, fora o pessoal que saiu sem pagar. A gente calcula um prejuízo de cerca de R$ 9 mil somando tudo", disse à reportagem um dos funcionários.
ATO RACISTA DEU INÍCIO A BRIGA, SEGUNDO FUNCIONÁRIO
O mesmo funcionário relatou como aconteceu a confusão. Segundo ele, torcedores do Fluminense estavam concentrados no quiosque, mas não eram integrantes de organizadas do clube.
Sempre que argentinos passavam pelo local, os tricolores brincavam, de maneira sadia, dizendo que venceriam a partida no Maracanã.
Até que um deles não gostou e teria feito gestos de macaco, cometendo um ato de racismo.
Foi então que, de acordo com o funcionário, a pancadaria teria começado e, após um dos argentinos ter sido linchado, eles foram até o hotel e convocaram mais torcedores do Argentinos Juniors, que voltaram ao quiosque e teriam promovido o quebra-quebra.
Segundo a Polícia Militar, três pessoas foram detidas após a briga e conduzidas para a 12ª DP (Copacabana).
MAIS CONFUSÃO NO MARACANÃ
Dois torcedores do Argentinos Juniors foram detidos no Maracanã por confusão durante o jogo contra o Fluminense, pela Libertadores. Um deles é acusado de injúria racial.
As denúncias foram registradas no Juizado Especial Criminal (Jecrim) por dois seguranças privados que trabalharam na partida.
Um deles disse que foi chamado de "macaquito" por um torcedor argentino. O mesmo segurança foi atingido por uma lata e teve o supercílio cortado.
Outro segurança registrou ocorrência no Jecrim contra outro torcedor argentino por causa da confusão e briga no setor visitante do estádio.
Os seguranças relataram à reportagem que a confusão começou porque alguns torcedores argentinos arremessaram objetos no setor da arquibancada do Maracanã em que a torcida do Fluminense estava.
A Polícia Militar precisou intervir e disparou tiros de borracha. Pelos relatos, dois torcedores foram atingidos.
Os torcedores alvo das denúncias pelos episódios no jogo ainda estão sob custódia da polícia no estádio.
Dirigentes do Argentinos Juniors acompanham o desenrolar do caso.
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