SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Conmebol puniu o preparador físico Sebastián Avellino Vargas, do Universitario (Peru), pelos gestos racistas feitos à torcida do Corinthians.
O QUE ACONTECEU
A Conmebol suspendeu Sebastián Avellino Vargas por dez jogos (apenas em competições organizadas pela entidade) e aplicou uma multa ao Universitario pela atitude do preparador ?o valor não foi revelado.
A decisão foi tomada pela entidade na última sexta-feira (11) e se baseou no artigo 15.1 do Código Disciplinar da entidade.
"Qualquer jogador ou oficial que insultar o atentar contra a dignidade humana de outra pessoa ou grupo de pessoas, por qualquer meio, tendo como motivos a cor da pele, raça, sexo ou orientação sexual, etnia, idioma, credo ou origem, será suspenso por pelo menos dez (10) partidas ou por um período mínimo de quatro (4) meses. Em caso de reincidência, podem ser penalizados com a proibição de exercício atividades relacionadas ao futebol por cinco (5) anos, ou qualquer outra sanção adicional", diz o artigo em questão.
O Universitario ainda pode entrar com um recurso e pedir revisão da decisão à Comissão de Apelações da Conmebol. O custo da apelação é de 3 mil dólares (R$ 14,9 mil na cotação atual)
O CASO
Sebastián Avellino Vargas foi preso logo após a partida entre Corinthians e Universitario, disputada no dia 11 de julho, na Neo Química Arena. Ele foi acusado de ter cometido atos racistas em direção à torcida alvinegra.
Sebastián foi flagrado imitando um macaco e acabou preso preventivamente em audiência de custódia no dia 12, no Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, na zona oeste de São Paulo.
No dia 20 de julho, o TJ-SP acatou a denúncia oferecida pelo Ministério Público e tornou Sebastian réu, mas o juiz decidiu que ele vai responder ao processo em liberdade. Ele já voltou ao Peru e segue trabalhando normalmente no Universitario.
CONMEBOL FAZ PARCERIA COM OBSERVATÓRIO DA DISCRIMINAÇÃO RACIAL
A Conmebol anunciou nesta quinta-feira (17) que firmou uma parceria com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol para ter mais efetividade em suas medidas contra ações antiesportivas em seus torneios.
O acordo assinado entre as duas partes visa a assessoria do Observatório à Conmebol para a aplicação de políticas mais efetivas de combate ao preconceito, através de um plano de alfabetização racial e de diversidade e de campanhas de conscientização sobre o racismo, em torneios como a Libertadores e a Sul-Amerciana.
"Essa aliança, sem dúvida, nos dará mais e melhores ferramentas para continuar avançando esses objetivos e levantando nossa voz, conscientizando e focando corretamente nossas iniciativas para enfrentar esse desafio", explicou Alejandro Dominguez, presidente da Conmebol.
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