SYDNEY, AUSTRÁLIA (UOL/FOLHAPRESS) - A seleção brasileira feminina teve sua campanha mais decepcionante na história das Copas do Mundo ao ser eliminada ainda na fase de grupos na Austrália. No ano com maior investimento em diversas áreas, a equipe não conseguiu dar o retorno técnico esperado. Como resultado, ficam a decepção pela falha, as dúvidas no comando técnico e pelo menos um recado positivo: portas abertas para a nova geração.

QUEM FICA

É verdade que o sentimento após a eliminação foi bastante amargo e de frustração, mas é possível ter uma avaliação positiva no sentido de renovação do time.

Nomes como Marta, Tamires, Bárbara e Mônica provavelmente tiveram a última oportunidade em uma Copa. No grupo das atletas com mais de 30 anos estão Rafaelle (32), Luana (30), Debinha (31) e Andressa Alves (30), que agora vão precisar brigar ainda mais para voltar à lista.

A boa notícia são as jogadoras mais jovens, que são maioria no elenco. Como a goleira Camila (22 anos), a lateral Bruninha (21), a zagueira Lauren (20), as meias Ana Vitória (23), Angelina (23), Ary Borges (23) e Duda Sampaio (22), além das atacantes Kerolin (23) e Nycole (23), que acabou cortada antes da Copa. Todas elas vão estar ainda no auge para o Mundial de 2027.

Mesmo tendo uma Copa abaixo do que se esperava, Kerolin, por exemplo, foi uma das jogadoras que criou mais chances de gol no Mundial.

Outros nomes como Lelê (29), Antônia (29), Adriana (26), Kathellen (27), Bia Zaneratto (29), Geyse (25) e Gabi Nunes (26) ainda podem fazer parte do ciclo.

A volta de algumas veteranas fez a seleção repetir a maior média de idade em Copas, com 27,5 anos, mesma de 2019.

COMANDO E LEGADO

A seleção feminina vai recolher os cacos e iniciar a preparação para as Olimpíadas de Paris, em 2024, mas ainda não se sabe sob qual comando. A técnica Pia Sundhage está ameaçada no cargo e até o final do mês a CBF deve definir a situação da treinadora, que neste momento tem mais chances de sair do que ficar. Ela segue de férias na Suécia, para onde foi no dia seguinte à eliminação na Copa.

Fato é que a seleção precisará dar uma resposta na França depois da decepção e para isso ainda não sabe se contará com Marta. A camisa 10 abriu a possibilidade de lutar pelo ouro inédito no ano que vem, mas Pia declarou, após a queda para a Jamaica, que o espaço ficará cada vez mais restrito para a Rainha.

Se os últimos quatro anos foram de reformulação, a tendência é que isso se intensifique com ou sem a sueca no comando, mas especialmente se ela permanecer. O contato de Pia com o Brasil vai até o ano que vem.


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