SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O COB (Comitê Olímpico do Brasil) prepara uma conversa com os atletas do skate após a exclusão da CBSk pela World Skate.

O COB se tornou o responsável pela gestão da modalidade até o fim dos Jogos de Paris. A World Skate tomou a decisão após CBSk e CBHP (Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação) não unificarem suas pastas até 31 de dezembro de 2023.

Nossa área de esportes já está organizando uma reunião presencial com os atletas que estão na corrida olímpica para passar todas as informações de como vamos viabilizar os treinamentos e a participação nos eventos da modalidade. Rogério Sampaio, CEO do COB

Nossa preocupação é oferecer a melhor estrutura para os nossos atletas, como sempre fazemos quando participamos de Jogos Pan-americanos e de Jogos Olímpicos. Nós vamos oferecer o melhor.

Questionado sobre o risco de algum boicote pelo cenário fora das pistas, Rogério desconversou. Em dezembro do ano passado, nomes como Rayssa Leal, Pâmela Rosa e Pedro Barros compartilharam um manifesto em apoio à CBSk.

A gente pode falar que não tem o risco de faltar nenhum tipo de estrutura para que eles possam representar o país sem ter a menor preocupação. Eles podem representar o Brasil nos Jogos Olímpicos e no Pré-Olímpico [que começa no fim de fevereiro em Dubai], com toda a estrutura necessária para que eles possam ter o melhor resultado.

Nosso objetivo é oferecer a eles a melhor estrutura, todas as condições para que eles possam representar o país e nós esperamos contar com todos eles. O país espera contar com todos eles, nós queremos levar força máxima em todas as modalidades para os Jogos Olímpicos de Paris, isso é assim em todas as modalidades e também com o skate.

Ele destacou que neste momentos os atletas têm que focar nas competições e "deixar essa questão para quem realmente tem o poder de liderar esse processo".

Volto a frisar, o nosso objetivo é oferecer a melhor estrutura para os atletas. Entendo que nesse momento, eu sei que é difícil, mas os atletas têm que focar na sua participação no Pré-Olímpico, na sua participação nos Jogos Olímpicos e deixar essa questão de confederação, de federação internacional, para quem realmente tem o poder de liderar esse processo, que são os dirigentes.

E O COB NESTE PROCESSO?

Lógico que não era um objetivo nosso fazer a preparação de uma modalidade tão importante quanto o skate, mas lógico que assim que nós recebemos a informação sobre essa necessidade, já nos organizamos internamente.

Temos estrutura para fazer esse atendimento aos atletas e para a gente não é o menor problema viabilizar os treinamentos, a organização da participação deles em torneios internacionais. Temos profissionais de diversas áreas para dar esse atendimento, e esse atendimento ao skate passa a ser prioridade total para nossa área de esportes, além de toda a responsabilidade que ele já tem em relação à nossa preparação para os Jogos Olímpicos de Paris. Esse atendimento aos atletas do skate é prioridade total para nossa área de esportes.

Sobre a questão política entre CBSk e CBHP, Rogério afirmou que "isso não cabe ao Comitê Olímpico do Brasil". A entidade trabalha em conjunto com as confederações indicadas pelas federações internacionais.

O COB trabalha com as confederações que são indicadas pelas federações internacionais. As federações nacionais são indicadas pelas internacionais, a partir daí elas passam a ser filiadas ao COB e a gente trabalha em conjunto com as confederações. A indicação da World Skate, me parece, é de que seja criada uma nova Federação Nacional de Skate e isso parece que já está acontecendo.

Não [intermediaríamos uma conversa entre as duas confederações], porque isso não cabe ao COB. E essa definição de quem é a entidade que vai liderar a modalidade no país é da Federação Internacional. O que cabe ao COB é acatar essa decisão e trabalhar, afiliar essa entidade escolhida pela Federação Internacional.


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