SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A situação clínica de João Chianca, o Chumbinho, preocupa a CBSurf (Confederação Brasileira de Surfe) em relação à participação do atleta nas Olimpíadas de Paris, que começam no fim de julho.

Apesar disso, o estafe de Chumbinho garantiu à reportagem do UOL que o surfista se recupera bem do acidente sofrido em dezembro, no Havaí, e estará 100% para a disputa dos Jogos.

"Nós estamos lidando com uma série de variáveis para as Olimpíadas. Hoje, não temos certeza de nada. Primeiro, por causa da situação de saúde do Chumbinho. A gente não sabe se ele vai estar apto a surfar na Olimpíada. Estamos conversando diretamente com a equipe médica dele e a nossa", afirma Teco Padaratz, presidente da CBSurf, à reportagem.

"Há um procedimento de avaliação, inclusive do Comitê Olímpico Internacional, para determinado tempo antes da Olimpíada. Os atletas têm que confirmar a participação e eles têm que passar por um exame médico", acrescentou.

ACIDENTE

Chumbinho sofreu um acidente em 3 de dezembro, quando surfava em Pipeline. Ele caiu de uma grande onda, ficou inconsciente por minutos até ser resgatado por outros surfistas e membros da comunidade local.

O surfista ficou em observação em um hospital da ilha de Oahu por alguns dias e, ainda em dezembro, retornou ao Brasil para dar sequência ao processo de recuperação.

O brasileiro não voltou às competições até o momento. Chumbinho esteve fora do início de temporada do Circuito Mundial, que aconteceu justamente em Pipeline. Ele também não disputará o ISA Games, campeonato que acontece ainda neste mês e poderá dar mais uma vaga ao Brasil na competição de surfe das Olimpíadas.

Caso Chumbinho não consiga se recuperar a tempo para a competição olímpica, que será realizada em Teahupo'o, no Taiti, Gabriel Medina herdará a vaga. O atleta paulista é o próximo no ranking mundial de 2023, válido para as Olimpíadas de Paris.

No caso do Chianca não conseguir competir, o que seria uma grande tristeza para nós, quem entra pelo ranking da WSL ?por regra do Comitê Olímpico Internacional? é Gabriel Medina. Por coincidência, ironia do destino, ele é o sexto colocado e, portanto, o primeiro surfista entre os 10 primeiros da WSL que não tem vaga. No momento, as vagas são preenchidas por Filipe Toledo e João Chianca. Então, se o João cai, entra para o Medina. Teco Padaratz, presidente da CBSurf

O estafe de João Chianca afastou qualquer chance de desistência e garantiu a recuperação e, portanto, a participação do atleta nos Jogos Olímpicos.

COMO FUNCIONAM AS VAGAS PARA PARIS-2024

O Circuito Mundial de 2023, da WSL (Liga Mundial de Surfe), distribuiu dez vagas paras as Olimpíadas, com limite de duas por país.

O Brasil conseguiu as duas vagas com Filipe Toledo ?atual bicampeão mundial? e João Chianca, que terminou em quarto no ano passado.

A dupla poderá ter mais um compatriota disputando medalha em Paris. Uma terceira vaga será possível de alcançar via ISA Games, no fim do mês.

O ISA Games funciona como uma Copa do Mundo, e o país campeão por equipes terá direito a enviar mais um atleta aos Jogos Olímpicos. Cada equipe é composta por três surfistas.

Em caso de título do Brasil, o surfista com a melhor campanha no individual no ISA (excluindo Filipinho) ficará com a vaga, segundo critérios determinados pelo Comitê Olímpico do Brasil e pela CBSurf.

QUEM VAI PARA O ISA GAMES

Todos os atletas que irão para as Olimpíadas devem competir no ISA Games, com exceção de surfistas com problemas físicos. É o caso de João Chumbinho.

A equipe brasileira, então, será formada por Filipinho Toledo, Gabriel Medina e Yago Dora. O desempenho dos três conta para que o Brasil seja campeão por equipes.

Se o Brasil ficar com o título, a terceira vaga olímpica será de Medina ou Yago, de quem tiver o melhor resultado individual.

O ISA Games começa no dia 23 de fevereiro, em Porto Rico.


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