SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Ralf Rangnick, técnico da seleção austríaca, tirou três jogadores de convocação devido a participação em cantos homofóbicos junto com a torcida do Rapid Viena.

O goleiro Niklas Hedl, o meio-campista Marco Grüll e o centroavante Guido Burgstaller não apareceram em lista divulgada por Rangnick na última segunda-feira (11). A seleção austríaca fará amistosos contra Eslováquia e Turquia na próxima Data Fifa, nos dias 23 e 26 de março.

Rangnick confirmou que a decisão foi tomada em retaliação à atitude dos atletas. Os três jogadores foram filmados engajando com gritos homofóbicos da torcida do Rapid, após vitória por 3 a 0 no clássico com o Austria Viena, em 25 de fevereiro.

"Isso é algo que não vou tolerar em uma equipe em que eu seja o técnico, seja num clube ou aqui com a seleção. Tudo o que defendemos está no outro lado do espectro. Expliquei aos garotos por telefone", explicou Ralf Rangnick.

O técnico declarou que os atletas não estão banidos da seleção de maneira definitiva. Rangnick abriu a possibilidade do retorno de Hedl, Grüll e Burgstaller à seleção austríaca na Eurocopa 2024, que acontecerá em junho, na Alemanha.

"Eu espero que os garotos pensem nessa questão com seriedade e entendam o que (engajar em gritos homofóbicos) significa para as pessoas que são insultadas publicamente ou discriminadas dessa forma."

Os jogadores também sofreram punições no Campeonato Austríaco. Grüll e Burgstaller foram suspensos por seis partidas, enquanto Hedl ficará fora por três jogos. Outros dois atletas, o diretor de futebol e um assistente técnico também se envolveram no caso. O Rapid Viena ainda será julgado e pode perder três pontos na liga.


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