SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, liderada com folga pelos democratas, aprovou, nesta sexta-feira (12), o pacote social e ambiental do governo Joe Biden. A vitória da Casa Branca já era esperada desde domingo (7), quando o projeto, enfim, passou pelo Senado.

Biden apresentou o texto ainda no início de seu mandato, mas dissidências dentro de seu próprio partido atrasaram o rito no Congresso e cortaram pela metade a verba proposta pela Casa Branca.

O texto aprovado nesta sexta destina US$ 430 bilhões (R$ 2,18 tri) ao combate de mudanças climáticas e a programas de redução dos preços dos medicamentos. Apesar dos cortes, o programa é visto, pela imprensa americana, como o maior pacote climático da história dos EUA.

Nos últimos 18 meses, ao menos dois senadores democratas, Joe Manchin e Krysten Sinema, manifestaram discordâncias em relação ao volume de gastos, citando o risco inflacionário. A Casa Branca, claro, tentou reverter o conflito e, após negociações, até o nome do programa mudou: se antes era chamado de "Build Back Better", agora é a "Lei de Redução da Inflação".

O aumento dos preços nos EUA, aliás, ameaça a maioria democrata no Congresso. No final de julho, a inflação americana foi de 8,5% -0,6 pontos percentuais a menos do que no mês anterior, quando o índice atingiu o recorde de 40 anos.

O projeto prevê também o aumento nos impostos de ricos e grandes corporações, o que segundo a Casa Branca diminuirá o déficit do país e influenciará positivamente a inflação. "É uma vitória retumbante para as famílias americanas", declarou a presidente da Câmara, Nancy Pelosi.

Agora, em tom eleitoral, Biden planeja viajar por todo o país para divulgar o projeto. Cerca de metade dos americanos apoia a legislação ?69% dos democratas e 34% dos republicanos, de acordo com pesquisa da Reuters realizada nos últimos dias 3 e 4.


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