WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - O ex-presidente americano Donald Trump obteve nesta segunda-feira (5) uma vitória na Justiça que deve ajudar a atrasar o andamento das investigações por guardar em casa documentos do governo, alguns deles classificados como secretos e ultrassecretos, após deixar o cargo.

A investigação deu origem à mais recente crise da política americana depois que agentes do FBI fizeram uma inédita operação de busca na casa do republicano na Flórida, no último mês, o que provocou acusações de perseguição política por parte dos apoiadores do ex-presidente e uma série de ameaças a autoridades públicas envolvidas no caso.

Nesta segunda, uma juíza federal da Flórida acatou o pedido de Trump por um "special master", figura do direito americano que funciona como árbitro para fiscalizar processos litigiosos. Esse árbitro será autorizado a revisar o material apreendido na casa do ex-presidente e analisar se há itens pessoais ou documentos protegidos pela relação advogado-cliente que não poderiam ter sido levados.

O que deve atrasar a apuração de possíveis crimes de violação da lei de espionagem e obstrução de justiça é o fato de que, enquanto o "special master" não conclui a análise, a Justiça proibiu "temporariamente o governo de revisar e usar os materiais apreendidos para fins investigativos", segundo consta na sentença, o que, na avaliação de observadores americanos, pode levar meses.


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