O Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque próximo à entrada da embaixada russa em Cabul nessa segunda-feira (5), informou o grupo no aplicativo Telegram. Dois funcionários estão entre as seis pessoas que morreram quando um homem-bomba detonou explosivos perto da embaixada. Dez pessoas ficaram feridas, disseram o Ministério das Relações Exteriores da Rússia e autoridades afegãs.
A polícia afirmou que o agressor foi morto a tiros por guardas armados quando se aproximava do portão, em um dos primeiros ataques desse tipo desde que o Talibã assumiu o poder no ano passado.
"O agressor suicida foi reconhecido antes de atingir o alvo e baleado por guardas da embaixada russa", disse à Reuters Mawlawi Sabir, chefe do distrito policial onde ocorreu o ataque.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia informou, em comunicado, que um militante desconhecido detonou o explosivo perto da entrada da seção consular da embaixada por volta das 10h50, horário de Cabul.
"Como resultado do ataque, dois funcionários da missão diplomática foram mortos e também há vítimas entre cidadãos afegãos", disse o ministério.
Os outros quatro mortos eram civis afegãos, afirmou Khalid Zadran, porta-voz da polícia de Cabul.
A Rússia é um dos poucos países a manter uma embaixada em Cabul depois que o Talibã assumiu o país, há mais de um ano. Embora Moscou não reconheça oficialmente o governo Talibã, eles estão conversando com autoridades sobre um acordo para fornecer gasolina e outras commodities.
A missão das Nações Unidas no Afeganistão (Unama) condenou a explosão. No Twitter, destacou a necessidade de as autoridades de fato tomarem medidas para garantir a segurança das pessoas, bem como das missões diplomáticas".
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