SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Ucrânia acusou nesta segunda-feira (19) a Rússia de bombardear as proximidades da usina nuclear de Pivdennoukrainsk, no sul do país. Essa é a terceira instalação nuclear a ser alvo de bombardeios desde o início da invasão russa.
De acordo com a operadora estatal Energoatom, "uma poderosa explosão ocorreu na madrugada a apenas 300 metros dos reatores". O ataque, segundo a agência ucraniana, ocasionou a explosão de cem janelas da estrutura e causou um breve desligamento três linhas de alta tensão. Na manhã desta segunda, porém, a usina já funcionava normalmente, segundo a agência de notícias Reuters.
A explosão desta segunda retoma a preocupação com as condições das usinas nucleares da Ucrânia. No Telegram, o presidente do país, Volodimir Zelenski, acusou a Rússia de colocar o mundo inteiro em risco. "Temos que parar antes que seja tarde demais", disse.
A situação da usina de Zaporíjia, no sudeste do país, é considerada a mais crítica por especialistas internacionais. A instalação, controlada pelos russos desde as primeiras semanas da invasão, foi alvo de vários bombardeios nos últimos meses e precisou ser examinada por técnicos da Agência Internacional de Energia Atômica, ligada à ONU.
No sábado (17), a usina foi reconectada à rede elétrica da Ucrânia. A central nuclear havia sido desligada na semana anterior após trocas de acusações entre Kiev e Moscou sobre ataques na região. Antes da guerra, a planta era responsável por cerca de 25% da energia do país.
A usina de Tchernóbil também foi alvo de preocupação. A instalação foi ocupada pelos russos ainda nos primeiros dias da invasão, mas as forças ucranianas conseguiram retomá-la no final de março.
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