SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, enviou um recado a Pequim em seu pronunciamento na 77ª sessão da Assembleia-Geral da ONU nesta sexta-feira (23) ao dizer que reconhece o princípio da "China única", mas que não vai fechar os olhos para violações de direitos humanos no país.
Michel usou parte de seu discurso para marcar novamente o posicionamento da União Europeia a respeito da mobilização anunciada por Vladimir Putin na quarta-feira (21). A declaração mais incisiva veio, então, quando pediu uma "participação sincera das potências emergentes, incluindo a China, nos esforços coletivos de paz e desenvolvimento".
Na esteira do pedido, o presidente do bloco disse advogar pela segurança marinha e pela estabilidade no Estreito de Taiwan. Afirmou ainda que, apesar de reconhecer o entendimento da soberania de Pequim, falou que não será conivente com violações de direitos humanos em Taiwan, e estendeu a afirmação a Xinjiang e Hong Kong, pontos considerados sensíveis para o regime de Xi Jinping.
A primeira é a região no oeste da China que concentra os uigures, minoria muçulmana alvo de repressão por parte do regime e motivo de uma série de denúncias contra Pequim. Já a segunda provoca dor de cabeça à China devido aos movimentos pró-democracia que acusam o regime central de intensificar a repressão e a violência a ex-colônia britânica.
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