SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Anunciada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, na última quarta-feira (21), a mobilização parcial de reservistas para a Guerra da Ucrânia gerou uma espécie de êxodo de civis elegíveis ao serviço militar.
Imagens de satélite registradas no último domingo (25) mostram filas quilométricas de russos deixando o país, nas fronteiras do país com Mongólia e Geórgia.
As imagens foram capturadas pela Maxar, empresa americana de tecnologia aeroespacial, e indicam a movimentação de dezenas de milhares de pessoas deixando a Rússia.
Países vizinhos vêm registrando, desde a semana passada, um aumento na entrada de cidadãos russos. Aliado de Moscou, o governo do Cazaquistão relatou nesta terça-feira (27) a travessia de 98 mil russos nos últimos seis dias.
O mesmo ocorre na Geórgia, que, segundo o Ministério do Interior, passou a receber 10 mil russos por dia --eram de 5.000 a 6.000 no início da guerra. O governo, mais alinhado ao Ocidente na crise atual, não divulgou dados oficiais anteriores à invasão da Ucrânia.
Autoridades da Ossétia do Norte, porém, anunciaram a criação de um posto militar de mobilização para recrutar reservistas que tentarem a evasão. O território é um encrave separatista russo, separado da Geórgia desde a guerra ocorrida em 2008.
O fluxo acentuado nesses países pode ser atribuído ao fato de que cidadãos russos não precisam de vistos para cruzar a fronteira
O Kremlin não previa uma diáspora tão acelerada, e o Ministério do Interior russo propôs, em resposta, limitar o tempo de estadia no Cazaquistão sem passaporte a no máximo três meses --atualmente, basta apresentar um documento russo para receber a permissão.
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