SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Agência Internacional de Energia Atômica, braço da ONU que monitora usinas nucleares, informou nesta sexta-feira (7) que o chefe da instituição, Rafael Grossi, viajará à Rússia na próxima semana para discutir a segurança da planta de Zaporíjia ?instalada em região recém-anexada por Moscou.
A pretensão de Grossi é estabelecer uma zona de proteção ao redor da usina, que teve sua estrutura e arredores bombardeados algumas vezes ao longo da guerra, incensando o risco de um acidente nuclear. O chefe da Aiea visitou a usina em 1° de setembro, deixando no local dois técnicos da agência.
Acompanhando o anúncio da viagem, a agência informou que substituirá essa dupla por outro quarteto de técnicos. "Os especialistas estão dando observações imparciais e avaliações independentes. Também vão ajudar na segurança nuclear e na zona de proteção, quando ela for acordada."
Ocupada pelo Exército russo desde março, logo após o início da guerra, a usina de Zaporíjia não deixou de ser operada por funcionários ucranianos. Na última semana, o Kremlin anunciou que obteve sucesso nos referendos pela anexação de quatro regiões da Ucrânia ?Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia? e disse na quarta-feira (5) que tomará o comando da planta.
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