FOLHAPRESS - "Em casa, a única coisa que eu obriguei foi a ser Flamengo", explicou o caminhoneiro Gilmar de Souza Silva neste domingo (2), em frente ao Colégio Mayor Casa do Brasil, onde o consulado brasileiro organiza as eleições em Madri.

Ele se justificava pelo fato de sua filha, Thyara Dantas, estar usando blusa vermelha e um broche do PT no peito. Silva e o restante da família, todos com camisetas nas quais se lia "Deus, Pátria, Família, Liberdade", se descrevem como de direita. "E eu não gosto de ser confundida com eles", brincou a moça.

"Percebemos um enorme interesse nas eleições deste ano", disse a cônsul-geral Gisela Padovan, dentro da escola. "Muita gente de camiseta e bandeira dos dois candidatos, mas nenhuma confusão até agora."

Havia fila em algumas das 26 seções eleitorais, distribuídas em salas do colégio, mas muita gente chegava e votava instantaneamente, como foi o caso de uma eleitora de Lula com adesivo de Marielle Franco.

Pelo olhômetro, no entanto, diferentemente de Berlim e Paris, a balança das camisetas parecia pender para o atual presidente. No segundo turno de 2018, Jair Bolsonaro venceu na cidade por 60%, apesar de ter perdido em Barcelona com 46% dos votos válidos. São os dois únicos locais de votação na Espanha, que tem cerca de 20 mil eleitores registrados na capital e cerca de 12 mil na cidade catalã.


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