SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O novo primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, realizou neste sábado (19) sua primeira visita a Kiev desde que assumiu o cargo, em 25 de outubro, prometendo continuar firme no apoio à Ucrânia no conflito contra a Rússia, como fizeram seus antecessores, e fornecer um novo pacote de defesa aérea para ajudar a derrubar drones russos.

"A Grã Bretanha sabe o que significa lutar pela liberdade", escreveu Sunak no Twitter. "Estamos com vocês."

Sunak disse, em um comunicado, que o Reino Unido fornecerá um novo pacote de 50 milhões de libras (US$ 60 milhões ou R$ 323 milhões), que inclui armas antiaéreas e tecnologia como radar para combater ataques de drones. Ele acrescentou que aumentaria o treinamento oferecido às forças armadas da Ucrânia.

"Enquanto as Forças Armadas da Ucrânia conseguem repelir as forças russas no terreno, os civis estão sendo brutalmente bombardeados pelo ar", declarou Sunak em seu comunicado.

"Hoje estamos fornecendo uma nova defesa aérea, incluindo armas antiaéreas e equipamentos de radar e anti-drone, e intensificando o apoio humanitário para o inverno frio e rigoroso que se aproxima."

Sunak, ex-ministro das finanças, assumiu o cargo no mês passado, após a curta gestão de Liz Truss. Ela e seu antecessor, Boris Johnson, fizeram do apoio público à Ucrânia uma parte importante de sua agenda, promessa que Sunak manteve.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, postou um vídeo do encontro dos dois e saudou o apoio contínuo de Londres.

"Com amigos como você ao nosso lado, estamos confiantes em nossa vitória. Ambas as nações sabem o que significa defender a liberdade", tuitou Zelenski.

O ucraniano também afirmou neste sábado que seu Exército repeliu quase cem ataques russos nas últimas 24 horas.

A Rússia, por sua vez, disse que a Ucrânia executou mais de dez prisioneiros de guerra. KIev não comentou diretamente a acusação, mas afirmou que vai investigar supostos abusos.

Um relatório recém-divulgado pela Universidade Yale, dos EUA, concluiu que houve dezenas de desaparecidos ou detidos em Kherson, na Ucrânia, enquanto o território estava sob controle russo. O documento também afirma que dezenas de pessoas podem ter sido torturadas durante a invasão.

As forças do Kremlin deixaram a região na semana passada. A Rússia negou que suas forças tenham cometido abusos.

A guerra entre Rússia e Ucrânia já dura mais de oito meses.

Kiev às escuras Investidas russas no sistema de energia ucraniano paralisaram quase metade de toda a operação do país, segundo o governo da Ucrânia. Na capital, Kiev, autoridades alertaram que pode haver um "desligamento completo" da rede elétrica com a chegada do inverno, entre dezembro e fevereiro.

Os meses de frio na Europa registram temperaturas baixíssimas e exigem mais capacidade elétrica devido à necessidade de aquecedores. Nesta semana, as Nações Unidas alertaram para o risco de desastre humanitário pela escassez de água e eletricidade.

Na sexta-feira (18), a Polônia negou a entrada de Serguei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, em seu território, onde ele participaria de uma reunião da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

Em comunicado neste sábado, o ministério russo classificou a exclusão como "sem precedentes " e "uma provocação", e diz que "inflige danos irreparáveis à autoridade de toda a organização".

A Polônia explicou que a delegação russa "não deve incluir pessoas afetadas por sanções da União Europeia" após o início do conflito com a Ucrânia.

Ministros da OSCE, organização que reúne 57 países, incluindo a Ucrânia, celebram sua reunião anual nos primeiros dias de dezembro em Lodz, condado polonês.

A delegação russa será liderada pelo embaixador do país na OSCE, Alexander Lukashevich, segundo Moscou.


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