SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Comitê Brasileiro de Solidariedade com o Povo da Nicarágua enviou ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma carta em que pede que o governo brasileiro apresente "uma posição clara e coerente" em relação às violações de direitos humanos ocorridas no país centro-americano.

"Nas entrevistas e debates, o senhor [presidente Lula] argumentou que é papel dos nicaraguenses, com seus recursos e sua autonomia, buscar construir o melhor para a Nicarágua. No entanto, é importante lembrar que aqueles que tentaram fazer isso estão presos, ameaçados ou refugiados", diz o documento.

Ao longo do pleito de 2022, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) citou a prisão de religiosos contrários ao ditador Daniel Ortega para atacar o regime e criticar a ligação de Lula com o político. O tema apareceu durante debates e propagandas eleitorais.

Alas do PT mantêm laços com grupos como os sandinistas da Nicarágua ?que capitanearam a democratização do país até iniciarem uma guinada autoritária.Tanto a legenda quanto Lula já sofreram diversas críticas por não se posicionarem de forma mais firme contra os abusos em curso.

O regime autoritáro conduzido pelos sandinistas tem sido marcado por eleições de fachada, detenção de opositores e cooptação do Judiciário. Lula já chegou a aconselhar Ortega a "não abrir mão da democracia".

Na carta enviada ao chanceler e ao presidente, o Comitê Brasileiro de Solidariedade e outras dez organizações e entidades dizem ver com preocupação as condições às quais estão submetidos os presos políticos nicaraguenses.

O documento afirma, ainda, que a crise da Nicarágua é invisibilizada "pelo caráter periférico do país na geopolítica" e que a situação não será resolvida "com soluções simplistas no campo ideológico".

"Nós, nicaraguenses e brasileiros, que integramos este comitê, compartilhamos a esperança de milhões de pessoas de que seu governo [de Lula] volte a colocar os direitos humanos no centro da política externa ativa e altiva", afirma a articulação no documento.

O comitê e as organizações ainda solicitam que o governo brasileiro se some a denúncias feitas em foros internacionais, a fim de estimular a negociação da libertação de presos políticos e o respeito aos direitos humanos.

EM FESTA

A secretária municipal de Cultura de São Paulo, Aline Torres, participou da celebração do Ano Novo Chinês realizada pelo Consulado da China em São Paulo, pelo Ibrachina (Instituto Sociocultural Brasil China) e pelo Chinese Bridge Club, na capital paulista, na semana passada. O presidente do Ibrachina, Thomas Law, e a cônsul-geral da China em São Paulo, Chen Peijie.


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