PELOTAS, RS (FOLHAPRESS) - O Congresso peruano rejeitou, no início da madrugada deste sábado (28), a antecipação das eleições gerais para outubro de 2023. Em plenário, a proposta apresentada pelo presidente da Comissão de Constituição, Hernando Guerra García, recebeu 65 votos contra, 45 a favor e 2 abstenções.
De acordo com o texto, o novo governante eleito tomaria posse em 1º de janeiro de 2024 e seu mandato terminaria em 28 de julho de 2029. Já os novos parlamentares entrariam em 31 de dezembro de 2023 e seguiriam até 26 de julho de 2029.
A votação se deu em meio a uma onda de protestos violentos que tomam as ruas do país desde que o ex-presidente Pedro Castillo foi destituído e preso por tentar um golpe de Estado, em 7 de dezembro de 2022. A partir de então, a vice-presidente Dina Boluarte assumiu a presidência, mas segundo uma pesquisa recente do Instituto de Estudos Peruanos cerca de 71% da população reprova o seu governo.
Em circunstâncias normais, o Peru teria suas eleições em julho de 2026, mas há um mês o Congresso aprovou a sua antecipação para abril de 2024. A decisão, no entanto, não surtiu efeito na onda de manifestações que nas últimas semanas causou a morte de mais de 50 pessoas.
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