SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A China defendeu nesta segunda-feira (20) o presidente russo, Vladimir Putin, das acusações imputadas a ele pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) -a alta corte emitiu um mandado de prisão contra o chefe do Kremlin por crimes de guerra cometidos na Guerra da Ucrânia na semana passada.

A declaração se deu durante um encontro regular da imprensa com o Ministério das Relações Exteriores chinês, em Pequim, horas antes do líder Xi Jinping aterrissar em Moscou.

Questionado sobre a ordem de prisão contra Putin, o porta-voz da pasta, Wang Wenbin, argumentou que o tribunal deveria "respeitar a imunidade dos chefes de Estado com base no direito internacional". Ele também pediu que o TPI que evite a politização e o uso "de dois pesos e duas medidas" no caso.

O TPI acusa o presidente russo de ter permitido a "deportação ilegal" de menores de idade em áreas ocupadas por suas tropas no leste da Ucrânia. O tribunal argumenta ainda que o russo falhou em exercer controle adequado de seus subordinados civis e militares.

Ainda que um desdobramento simbólico da guerra no Leste Europeu, a ação do TPI tem pouca efetividade prática imediata. Países como EUA, China, Rússia e mesmo a Ucrânia não são signatárias do Estatuto de Roma, fundador do TPI, ainda que a nação de Volodimir Zelenski tenha aceitado que o tribunal atue em seu território para realizar investigações.


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