BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu entrada para exames no hospital Sírio-Libanês de Brasília na noite desta quinta-feira (23) com suspeita de pneumonia. O quadro foi confirmado pela Presidência.
Lula cancelou todas as suas agendas desta sexta-feira (24) e adiou a sua viagem presidencial para a China, que estava prevista para a manhã do dia seguinte.
O presidente descansa no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência. O seu médico, o cardiologista Roberto Kalil Filho, esteve no local. À reportagem afirmou que o presidente está num quadro "super estável" e que já vinha sendo medicado, por ter ido ao hospital na noite anterior.
O médico afirma que o presidente deve seguir para a China no domingo (26). "Se estiver bem, sim [está mantida a viagem ao domingo]. A programação está mantida", disse.
Inicialmente, informou-se que o presidente passaria por uma nova avaliação. Roberto Kalil Filho, no entanto, disse que não seria necessário e que o presidente não fará mais exames.
Lula deu entrada no hospital após retornar de viagem ao Rio de Janeiro. Estava com bastante tosse e sentindo mal-estar e sintomas gripais. Ele estava com pressão alta e então diagnosticaram suspeita de pneumonia.
A condição do presidente foi depois confirmada pelo Palácio do Planalto.
"O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva está no Alvorada após exames no hospital Sírio Libanês ontem à noite. O presidente está com pneumonia leve e irá, por conta disso, adiar para domingo o início da sua viagem para a China", informou em nota.
O mandatário havia completado uma viagem de dois dias.
Primeiramente foi na terça-feira (21) para a região Nordeste, onde cumpriu agendas na Paraíba e em Pernambuco. Seguiu direto para o Rio de Janeiro, onde visitou no dia seguinte o complexo militar naval de Itaguaí e depois participou de eventos da área da cultura na região central da capital.
A viagem presidencial para a China estava inicialmente programada para este sábado de manhã, horário de Brasília, pois a agenda de Lula no país asiático já começa no início da próxima semana.
No entanto, interlocutores de Lula apontam que o evento de segunda-feira (27), em fala como convidado de honra no Fórum China-Brasil de Desenvolvimento Sustentável, seria menos importante e poderia ser adiado para garantir a recuperação do mandatário.
Isso porque no dia seguinte, terça-feira (28), já está previsto o encontro com as mais altas autoridades chinesas, entre elas o presidente Xi Jinping.
A agenda desta sexta-feira (24) previa uma reunião com vários ministros, além de lideranças do governo no Congresso Nacional.
Participariam, entre outros, o vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; o ministro da Casa Civil, Rui Costa; o titular da Justiça, Flávio Dino; o ministro da Fazenda Fernando Haddad; da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha; o titular da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta; o advogado-geral da União Jorge Messias; e o ministro da Controladoria Geral da União, Vinícius Carvalho.
A reunião acabou antecipada em uma hora e teve início sem a participação do presidente Lula.
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