SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A polícia de Israel entrou em confronto com palestinos nesta quarta-feira (5) no interior da mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém --local considerado sagrado para o Islã. O episódio, que ocorre em meio às celebrações do Ramadã muçulmano e às vésperas da Páscoa judaica, intensifica ainda mais as tensões entre as partes após meses de escalada.

Vídeos que circulam nas redes sociais e não puderam ser verificados de forma independente mostram fogos de artifício sendo disparados e pessoas sendo atacadas por policiais israelenses dentro de um dos prédios da mesquita. Registros dos próprios agentes os mostram entrando no local enquanto fogos de artifício explodem no escuro.

Em comunicado, a polícia israelense afirmou que suas unidades de segurança foram obrigadas a entrar no complexo depois do que chamou de "agitadores mascarados" se esconderem no interior do prédio com fogos de artifício, paus e pedras. O órgão diz que mais de 350 pessoas que estavam no local foram detidas.

Militantes palestinos na Faixa de Gaza responderam ao episódio com tiros de foguete sobre o sul de Israel, provocando repetidos ataques aéreos israelenses. O Hamas, que comanda o local, denunciou a invasão como um "crime sem precedentes" e convocou os palestinos da Cisjordânia ocupada a comparecer em massa à mesquita em protesto.

O ministro palestino para Assuntos Civis, Hussein Al Sheikh, afirmou que "o nível de brutalidade [da polícia israelense] exige uma ação urgente palestina, árabe e internacional". A Jordânia, que administra os locais sagrados muçulmanos de Jerusalém, condenou a ação israelense e pediu às forças do país que se retirem imediatamente. A Arábia Saudita afirmou que "rejeita categoricamente" as ações que violem "os princípios e normas internacionais de respeito aos locais sagrados".


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