SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Organizações denunciaram que um barco com 400 migrantes estava à deriva no mar Mediterrâneo, entre a Itália e Malta, por mais de 24 horas. Somente no fim da manhã desta segunda-feira (10), pelo horário local, é que a Guarda Costeira da Itália afirmou que enviaria o resgate.
Na madrugada de domingo (9), a organização Alarm Phone afirmou que recebeu um pedido de socorro de um barco oriundo da Líbia que estava no mar Mediterrâneo entre a Itália e a ilha de Malta.
No entanto, nenhum dos países mobilizou resgate imediato. Haveria mulheres, incluindo grávidas, crianças e pessoas com deficiência na embarcação.
Mais tarde, a ONG SeaWatch também flagrou o barco, bem como dois navios de Malta que foram orientados a não prestar socorro, denunciou o grupo. Um dos navios acabou fornecendo comida, água e combustível para a embarcação.
A madrugada desta segunda-feira foi marcada por ondas e ventos fortes, o que aumentou a preocupação em relação a um naufrágio. As ONGs pressionaram: "Não os abandone no meio do mar! Resgate-os já", diz uma publicação da Alarm Phone.
No fim da manhã desta segunda, pelo horário local, é que a Guarda Costeira italiana enviou uma embarcação de resgate, disse a SeaWatch.
CRISE DOS REFUGIADOS CRESCE NO MEDITERRÂNEO
Cerca de 1,7 mil migrantes desembarcaram na ilha italiana de Lampedusa durante as últimas 48 horas, apontam números divulgados pelas autoridades locais hoje.
Até 7 de abril, desembarcaram mais de 28 mil pessoas, diz o governo italiano ? um número quatro vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram cerca de 6,9 mil.
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