SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um ataque a tiros num banco em Louisville, no Kentucky, nos EUA, deixou quatro mortos e oito feridos, segundo a polícia. O agressor, também morto no local, trabalhava no banco e foi identificado como um homem branco de 23 anos.

O atirador foi morto policiais durante uma troca de tiros e agiu sozinho no ataque. Segundo um policial relatou à rede CNN, o homem havia sido notificado há poucos dias sobre sua demissão do banco.

Ele teria ainda informado à família e a um amigo sobre o crime pouco antes de cometê-lo. O ataque a tiros teria ainda sido transmitido ao vivo pelo Instagram, mas o vídeo foi posteriormente excluído da plataforma e estaria sob posse da polícia.

Policiais responderam a relatos de um ataque por volta das 8h30 (9h30 em Brasília) em uma agência do Old National Bank, perto do estádio de beisebol Slugger Field. Ao chegarem, encontraram o atirador enquanto ele ainda disparava. Entre os feridos, alguns dos quais em estado grave, estão dois agentes ?um deles baleado na cabeça.

À emissora americana CNN uma fonte policial disse que a arma usada no ataque era um fuzil estilo AR-15.

"Vamos nos unir como uma comunidade para impedir que esses atos horríveis de violência armada continuem aqui e em todo o estado", disse Craig Greenberg, prefeito da cidade de 625 mil habitantes.

No Twitter, o presidente americano, Joe Biden, voltou a cobrar do Partido Republicano apoio no Congresso para colocar em vigor legislações que ampliem o controle do acesso a armas.

"Mais uma vez nossa nação está em luto após mais um ato de violência armada sem sentido. Quando os republicanos vão agir para proteger as nossas comunidades?", questionou o democrata.

O governador do Kentucky, o democrata Andy Beshear, foi até o local do ataque e disse, emocionado, que conhecia as vítimas. "Esse é o meu banco", afirmou. "Tenho um amigo muito próximo que não sobreviveu hoje e um que está no hospital e que, espero, vai sobreviver."

O presidente-executivo do banco, Jim Ryan, está a caminho de Louisville. "A segurança dos funcionários e de todos que atendemos em nossos centros bancários é fundamental", disse ele. "Enquanto aguardamos mais detalhes, estamos implementando o suporte de assistência aos funcionários e mantendo todos os afetados por essa tragédia em nossos pensamentos e orações."

"Hoje foi a nossa vez", afirmou a deputada estadual Keturah Herron no Twitter. A democrata afirmou que é preciso manter a comunidade firme, mas também deve haver indignação e raiva pelo episódio. "Vivemos em uma zona de guerra e não deveríamos ter que viver assim."

Já o senador republicano Mitch McConnell disse estar arrasado com a notícia. "Enviamos nossas orações às vítimas, às suas famílias e à cidade de Louisville enquanto aguardamos mais informações."

Os mortos no ataque desta segunda-feira tinham entre 40 e 64 anos. O atirador foi identificado pelos policiais como Connor Sturgeon.

Os EUA pagam um preço alto pela disseminação de armas de fogo. Só neste ano o país foi palco de 146 ataques a tiros que deixaram quatro ou mais baleados ou mortos, sem incluir o atirador, de acordo com a ONG Gun Violence Archive. O país tem mais armas individuais do que habitantes: um em cada três adultos possui pelo menos uma arma e quase um em cada dois vive numa casa onde existe uma arma.

Assim, o país registra índice alto de mortes por arma de fogo, superior ao de outras nações desenvolvidas. Cerca de 49 mil pessoas morreram por ferimentos a bala em 2021, contra 45 mil em 2020 ?cifra que já era recorde, o que representa mais de 130 mortes por dia. Mais da metade é formada por suicídios.

Em um dos episódios mais recentes, três alunos de 9 anos de idade e três funcionários foram mortos por um ex-aluno em uma escola em Nashville, no Tennessee, no último dia 27. Na ocasião, Biden também fez um apelo ao Congresso para aprovar mudanças em relação ao acesso a armas no país.


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