SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A insatisfação com a reforma da Previdência da França acompanhou o presidente do país, Emmanuel Macron, em sua viagem oficial à Holanda nesta terça-feira (11). O líder fazia um discurso no Instituto Nexus, em Haia, quando foi interrompido por manifestantes aos gritos --mais cedo, ele já tinha sido confrontado com opositores em frente ao palácio real.
Macron competiu por minutos com a plateia até ser ouvido. Na arquibancada, alguns exibiam uma faixa com o dizer "presidente da violência e hipocrisia", enquanto uma multidão questionava "onde está a democracia francesa?".
O presidente francês respondeu à pergunta. "Quando se vota e se elege alguém, a contraparte é que é preciso respeitar as instituições em que essas pessoas atuam. No dia em vocês considerarem que quando se discorda da lei, pode-se fazer tudo o que quiser, a democracia estará em risco", afirmou no palco.
Só então ele conseguiu iniciar sua fala --sobre a "autonomia estratégica" da Europa, tema de uma polêmica entrevista dele publicada no dia anterior nos veículos Les Echos e Politico em que ele defendia a independência do continente frente a disputa entre China e Estados Unidos.
Países do Leste Europeu, muitos dos quais fazem fronteira com a Rússia, encaram o argumento com desconfiança, embora Paris insista que o movimento é complementar à união militar promovida dentro do âmbito da Otan.
Macron está na Holanda para uma visita oficial de dois dias. De manhã, ele e a primeira-dama francesa, Brigitte, foram recebidos com honras militares e hinos nacionais pelo rei, Willem-Alexander, e sua esposa, Maxima. O casal real ainda oferecerá um jantar de Estado aos franceses à noite.
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