SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Na segunda semana do conflito que já deixou ao menos 427 mortos no Sudão, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que o Exército do país africano e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido concordaram nesta segunda-feira (24) com a implementação de um cessar-fogo de 72 horas.

A trégua, mediada pelos Estados Unidos, está prevista para entrar em vigor à meia-noite, no horário local, desta terça (25). O acordo, contudo, é visto com ressalvas, já que outras tentativas semelhantes fracassaram.

Mais cedo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou para o risco de uma "conflagração catastrófica" e disse que os combates ameaçam se espalhar para outros países.

O atual conflito é fruto das divergências dos antigos aliados Fatah al-Burhan, líder sudanês, e Hemedti, como é conhecido o chefe das RSF. Em 2019, eles derrubaram a ditadura de 30 anos de Omar al Bashir e, após um golpe em 2021, ocuparam os dois principais cargos em um conselho que supervisionava a transição política para um governo civil e planejava a fusão das Forças de Apoio Rápido com o Exército. Após não chegaram a um acordo, mergulharam o Sudão no caos.


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