BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - O terceiro colocado nas eleições do Paraguai, Paraguayo Cubas, extremista que é comparado a Jair Bolsonaro (PL), foi preso preventivamente nesta sexta-feira (5) por incitar atos contra o resultado das eleições de domingo (30). Ele foi detido enquanto fazia uma transmissão ao vivo no Facebook.
A Polícia Nacional cumpriu um pedido de prisão feito na terça-feira (2) pelo Ministério Público, por "perturbação à paz pública" e por "incitação à prática de atos puníveis", segundo confirmou à Folha de S.Paulo a promotora Patricia María Rivarola, coordenadora das eleições pelo órgão.
O candidato a vice-presidente pela chapa de Cubas, o engenheiro eletricista Stilber Valdés, descreveu a prisão como uma "aberta perseguição política". "É um ato arbitrário e que certamente fará com que a instabilidade social aumente", afirmou ele ao jornal.
O conservador Santiago Peña foi eleito presidente do país com 15 pontos percentuais de diferença do segundo colocado, o liberal Efraín Alegre, e confirmou a hegemonia do partido Colorado, no poder há quase 70 anos. Foi a vitória mais folgada da sigla em 25 anos.
Apesar de diversos relatos de indução de voto que circularam durante o pleito, considerados comuns no país, a Justiça Eleitoral, a Promotoria e as comissões internacionais que acompanharam a eleição reconheceram o resultado.
A missão da OEA (Organização dos Estados Americanos) concluiu que "não existe nenhuma razão que ponha em dúvida os resultados apresentados pela autoridade eleitoral", e a União Europeia afirmou que "o processo eleitoral se deu de forma transparente e satisfatória".
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