SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O governo da Colômbia suspendeu unilateralmente o acordo de cessar-fogo com dissidentes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (22), o governo diz que "não faz sentido persistir nele". A medida foi tomada após os dissidentes matarem quatro menores de idade da etnia indígena Murui na Amazônia colombiana.

As quatro vítimas foram resgatadas à força pelos rebeldes. Elas foram mortas nas fronteiras dos departamentos de Caquetá e Amazonas (sul) após terem desertado da frente Carolina Ramírez, uma das facções dissidentes das Farc. O grupo tinha aderido a um cessar-fogo bilateral planejado pelo governo em 1º de janeiro.

"Se o cessar-fogo bilateral não é efetivo em determinados territórios para proteger a vida e a integridade de toda a população, não faz sentido persistir nele", diz o comunicado do governo da Colômbia

Nem autoridades, nem os indígenas informaram as idades dos mortos. O que se sabe até agora é apenas o nome de um deles: Luis Alberto Matías Capera, recrutado no fim de março em um povoado do departamento vizinho de Putumayo. Ele foi morto a tiros em 17 de maio, juntamente com outros três menores.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, classificou o múltiplo homicídio como "um crime hediondo, uma bofetada na paz". O governo afirmou também que o episódio foi uma "grave violação ao direito internacional".


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