SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Equipes de resgate não encontraram mais sobreviventes no acidente de trem na Índia que deixou até agora 288 mortos, informaram oficiais neste sábado (3), no que foi o quarto pior desastre ferroviário da história do país.

O descarrilamento de um trem de passageiros na sexta (2), em Balasore, no estado de Odisha, também feriu ao menos 850 pessoas. Após descarrilarem, os vagões do Superfast Express invadiram outro trilho, onde foram atingidos pelo Coromandel Express, que ia em alta velocidade na direção oposta.

Um trem de mercadorias, que estava estacionado no local, também foi atingido. O impacto da colisão descarrilou 12 vagões do Coromandel Express e arremessou 50 passageiros pelas janelas. Algumas partes do trem ficaram completamente destruídas; outras foram vistas com pedaços de metal retorcidos e manchas de sangue.

"Por volta das 22h [de sexta-feira] conseguimos resgatar os sobreviventes. Depois disso, tratava-se de recolher cadáveres", disse Sudhanshu Sarangi, diretor do departamento de bombeiros e emergência do estado de Odisha, à agência Associated Press. "Isso é muito, muito trágico. Nunca vi nada assim na minha carreira."

Horas depois, Sarangi afirmou que um guindaste puxaria os vagões envolvidos no acidente um a um e que não esperava encontrar mais nenhum sobrevivente.

Neste sábado, o primeiro-ministro Narendra Modi visitou o local do acidente, falou com as equipes de resgate e depois foi a um hospital de Balasore para encontrar algumas das vítimas, segundo informações do jornal Times of India.

Modi pediu ao ministro da Saúde, Shri Mansukh, que toda a ajuda necessária seja dada aos feridos e às suas famílias. O governo decretou o sábado como um dia nacional de luto em respeito às vítimas.

O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou em sua conta no Twitter neste sábado que seus pensamentos estão com as famílias das vítimas e que a França se solidariza com o acidente.

Pouco depois do acidente na sexta, o ministro de Ferrovias, Ashwini Vaishnaw, anunciou uma série de indenizações às vítimas. Às famílias dos mortos, afirmou, seria dado 1 milhão de rúpias (R$ 60 mil, aproximadamente). Aos feridos de maneira grave, 200 mil rúpias (R$ 12 mil). E, aos feridos de forma leve, 50 mil rúpias (R$ 3.000).


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