SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e doutor em Ciências em Engenharia Oceânica Geraldo Portela afirmou no UOL News que se for confirmado que os destroços do submersível foram achados, houve uma "perda estrutural".

"É como se fosse uma lata de refrigerante. Você pode ter uma entrada de água na escotilha ou na própria estrutura feita de titânio misturada com fibra de vidro e, então, pode ter tido uma falha ou um choque. Se chocar com alguma superfície dura durante a aproximação e provocar um amasso ou um dano, aquilo ali pode evoluir, escalonar e chegar a uma ruptura, porque eles estão a 4.000m de profundidade".

"É muita pressão. Qualquer pequena falha, qualquer choque ou qualquer dano estrutural pode se transformar em uma tragédia. E se há destroços, é porque houve dano estrutural".

A Guarda Costeira dos Estados Unidos anunciou hoje que encontrou destroços perto do Titanic. Ainda não se sabe se os materiais pertencem ao submersível desaparecido desde o último domingo (18), que levava turistas para conhecerem o naufrágio do navio.

Cinco pessoas estavam a bordo, um piloto e quatro passageiros, entre eles um bilionário britânico.

Uma equipe médica foi enviada ao local com uma câmara hiperbárica, equipamento que auxilia mergulhadores, segundo o canal norte-americano CNN

Não há mais oxigênio em submersível, conforme estimativas das autoridades. O estoque de oxigênio da cápsula terminou na manhã desta quinta-feira (22), mas especialistas dizem que os ocupantes poderiam ter entre 10 e 20 horas de oxigênio extra.


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