BRASÍLIA, DF (UOL/FOLHAPRESS) - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elevou para 50 o número de vagas oferecidas no concurso para ingresso na carreira de diplomata. Portaria do Itamaraty, publicada nesta quinta-feira (29), no Diário Oficial da União, aumentou 20 vagas em relação ao que havia sido previsto inicialmente.
Os dois primeiros mandatos de Lula foram marcados por investimentos na diplomacia, com a abertura de concursos que ofereciam até cem postos. A postura contrasta com os anos das gestões de Jair Bolsonaro (PL), Michel Temer (MDB) e de Dilma Rousseff (PT), que realizavam processos de seleção bem menores.
A primeira portaria autorizando o concurso, em março, previa 30 vagas para terceiro-secretário, o primeiro posto na carreira. O novo ato, portanto, quase dobra a previsão. O salário inicial é de R$ 20,9 mil.
Lula tem na política externa um dos focos de seu terceiro mandato, com uma série de viagens ao exterior. Além disso, o governo elencou como prioridade o relançamento de um mecanismo de integração na América do Sul, a conclusão do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul e a tentativa de mediar o processo de paz para encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia.
Nos dois primeiros mandatos, com a política externa "ativa e altiva" do então chanceler Celso Amorim, Lula havia dado prioridade para aumentar a capacidade de atuação da diplomacia brasileira. Por isso os concursos para integrar a carreira chegaram a oferecer cem vagas.
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