SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O chefe executivo de Hong Kong, John Lee, pediu nesta terça-feira (4) que oito ativistas no exterior se entregassem, um dia depois de a polícia local oferecer uma recompensa por sua captura, acusando-os de violar a lei de segurança nacional. A China acusa o Reino Unido de 'proteger os fugitivos' procurados por Hong Kong.
"A única forma de acabar com o destino deles como fugitivos, que serão procurados pelo resto da vida, é se renderem", disse Lee a jornalistas, afirmando que, caso não o façam, "passarão seus dias com medo".
A polícia de Hong Kong ofereceu na segunda-feira recompensas de um milhão de dólares de Hong Kong (pouco menos de R$ 614 mil) por cada um dos oito ativistas pró-democracia que permanecem no exterior, acusados de crimes como subversão e conluio com forças estrangeiras.
Lee afirmou que apoia a oferta de recompensas e a ação policial.
Os oito fugiram de Hong Kong depois que Pequim impôs, em 2020, uma ampla lei de segurança na cidade para reprimir a dissidência após os grandes e, por vezes, violentos protestos pró-democracia de 2019.
Lee pediu aos cidadãos que ajudem a polícia, destacando que até mesmo "familiares e amigos" dos ativistas podem fornecer informações.
A medida foi criticada pelos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, países onde alguns dos ativistas procurados residem.
"Não tenho medo da pressão política que nos impõem, porque fazemos o que acreditamos ser correto", afirmou Lee.
O grupo inclui os ex-legisladores pró-democracia Nathan Law Kwun-chung, Ted Hui Chi-fung e Dennis Kwok Wing-hang.
O veterano sindicalista Mung Siu-tat também está entre os procurados, assim como os ativistas Elmer Yuen gong-yi, Finn Lau Cho-dik, Anna Kwok Fung-yee e Kevin Yam Kin-fung.
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