LISBOA, PORTUGAL (FOLHAPRESS) - A polícia do Japão anunciou nesta segunda-feira (25) a prisão de um médico e sua filha por suspeita de decapitação de um homem em um motel na cidade de Sapporo, na região de Hokkaido, segundo a agência Kyoto News. A cabeça da vítima, até então desaparecida, foi encontrada na casa dos detidos.

Segundo a polícia local, o psiquiatra Osamu Tamura, 59, e sua filha Runa, 29, foram detidos por suspeita de mutilação de cadáver. A esposa do médico, de 60 anos, também foi presa por conluio nesta terça-feira (25). A vítima foi identificada como Hiroshi Ura, 62.

O assassinato foi descoberto em 2 de julho após o corpo de Ura ser encontrado no quarto do motel. Como a vítima não realizou checkout, a porta do quarto foi aberta por um funcionário para verificar o que havia ocorrido. Ura foi então encontrado decapitado e sem roupa no banheiro, onde a polícia suspeita que o crime tenha ocorrido.

Todos os pertences da vítima haviam sido levados.

A polícia agora investiga a relação da vítima com Runa, que autoridades acreditam ter cometido o crime. Segundo a Kyoto News, não houve indícios da entrada de uma terceira pessoa no quarto.

No entanto, Tamura teria ido levar e buscar a filha. Por isso, ele é suspeito de ter planejado o assassinato. Sua esposa, por sua vez, teria conhecimento de que a cabeça havia sido levada para a sua casa.

Ura se registrou no motel em 1° de julho, por volta das 22h50 no horário local, com uma mulher que a polícia acredita ser Runa. Câmeras de segurança mostraram uma pessoa com traços femininos, roupa escura, e com uma mala saindo sozinha do hotel por volta das 2h do dia seguinte.

A autópsia realizada descobriu que a morte foi causada por choque hemorrágico --quando o coração não consegue bombear quantidade suficiente de sangue para o corpo devido a um sangramento intenso anterior. Autoridades farão análise na cabeça encontrada na casa da família. Os pertences de Ura ainda não foram encontrados.

O assassinato deixou a região em choque. À Kyoto News um morador afirmou que mora na área há 15 anos e que nunca teve conhecimento de um crime similar a esse. A jornais locais outros moradores da região afirmaram que Runa teria transtornos mentais, sem dar detalhes. A polícia não confirmou a informação até o momento.


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